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O desenvolvimento da tomografia computadorizada foi uma revolução para a medicina,
permitindo que órgãos e tecidos fossem visualizados sem sobreposição de imagens, podendo-se
ainda escolher a vista anatômica (axial, coronal ou sagital) mais favorável para o correto diagnóstico.
“Tomos” é uma palavra grega que significa “corte” ou “seção”. As primeiras imagens deste tipo
foram obtidas por meio da superposição de várias aquisições mantendo- se um objeto de interesse
em foco e todos os outros apareciam desfocados (Figura 1.0). Esta técnica ficou conhecida por:
estratigrafia, planigrafia, planeografia, laminografia ou ainda tomografia convencional
1
.
Figura 1.0 - Representação do princípio de funcionamento de um planígrafo. (a) Raios X e filme produzem as imagens
A1 e B1 dos objetos A e B, (b) raios X e filmes se movem simultaneamente, de forme que a imagem A2 se sobrepõe a
imagem de A1, o mesmo não acontece com B2, assim gera-se uma imagem desfocada de B
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO PLANÍGRAFO:
Digamos que o ponto A na Figura 1.0 seja uma estrutura que se deseja visualizar na imagem.
Ao se angular o feixe, obtêm-se várias projeções, que nada mais são do que um perfil de
intensidade ou de atenuação em cada ângulo de incidência do feixe de raios X. Neste caso, o
ponto A está no plano de interesse e o ponto B não está. Assim, nas exposições seguintes, haverá
uma sobreposição das imagens do ponto A sem distorções perceptíveis, enquanto que as
imagens do ponto B se deslocarão causando um borramento deste.
O que eu preciso saber da história dos desenvolvimentos da tomografia?
É importante destacar os pesquisadores e experimentos que contribuíram para o
desenvolvimento da tomografia computadorizada:
Johann Radon: um matemático austríaco que publicou em 30 de abril de 1917 uma teoria
que possibilitou a resolução de um sistema matemático que foi utilizado posteriormente no
tratamento das imagens em tomografia computadorizada; esta teoria ficou conhecida como
“Transformada de Radon”.
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Física Médica do Instituto de Física da Universidade de São Paulo. Doutora em Tecnologia Nuclear - Aplicações
(Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - SP), Especialista em Radiologia Diagnóstica (Associação Brasileira de
Física Médica)
História da Tomografia
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