Capítulo 2

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BOWERSOX & CLOSS (1996) e NAZÁRIO (2002), definem um sistema de informação para 

gerenciamento da cadeia de suprimentos como um elo de ligação entre as atividades integradas 
das cadeias de suprimentos, combinando hardware e software para medir, controlar e gerenciar as 
operações nas cadeias.

Sistemas de informação de gerenciamento da cadeia de suprimentos podem incorporar seis 

princípios para realizar de forma necessária e adequada o gerenciamento da informação nas 
operações e planejamento empresarial (BOWERSOX & CLOSS, 1996):

1 - 

Disponibilidade: a informação dentro da cadeia deve estar pronta, consistente e disponível, 

pois a disponibilidade rápida é necessária para responder aos clientes e melhorar decisões de 
gerenciamento;

2 - 

Precisão: a informação destes sistemas deve indicar o estado corrente e a periodicidade de 

atividades para que se possam medir, por exemplo, a situação do pedido do cliente;

3 - 

Atualização: refere-se ao atraso entre quando uma atividade ocorre e quando a atividade é 

visível no sistema de informação;

4 - 

Tratamento de exceções: os sistemas de informações podem ser baseados em exceção para 

identificar problemas e oportunidades;

5 - 

Flexibilidade: os sistemas de informação devem ser flexíveis e suficientes para atender 

às necessidades dos clientes ou usuários. Esses sistemas devem permitir que correções ou 
alterações futuras sejam alocadas sem grandes investimentos;

6 - 

Adequação de interfaces: os sistemas devem promover uma interação amigável entre 

usuários, facilitando atividades de planejamento, operação e controle da cadeia.

O sistema de informação SCM deve ser capaz de executar as seguintes tarefas

(LAMBERT & STOCK, 1993 apud SOARES, 2000):

Recuperação de dados: consiste na capacidade de recuperar dados como taxas de frete, custos 
de armazenagem, etc;
Processamento de dados: esses sistemas devem também ter a capacidade de utilizar os dados 
armazenados no processamento de operações, como preparação de manifestos de embarque, 
instruções para movimentação de materiais, etc;
Análise de dados: consiste na capacidade do sistema em disponibilizar informações que 
auxiliem nos processos decisórios operacionais e estratégicos. Essa capacidade é normalmente 
implementada através de modelos de programação matemática ou simulação;
Geração de relatórios: os sistemas de informação SCM devem ser capazes de gerar relatórios, 
por exemplo, referentes ao atendimento de pedidos dos clientes, gerenciamento do estoque, 
embarques, transporte, etc.

Segundo CRISTOPHER (1999), os sistemas de informação para gerenciamento da cadeia de 

suprimentos, não devem ser considerados apenas como um meio de obtenção de integração, pois 
também facilitam a capacidade de planejamento, coordenação e controle das atividades na cadeia.

ESTUDO DE CASO
Coordenação estratégica eficaz é a base da logística do e-commerce

Clientes e operadores são praticamente unânimes em afirmar que o grande segredo da 

logística do e-commerce não está em transporte, armazenagem e distribuição dos produtos. 
Quanto a isso, não há grandes diferenciações com o que é feito na logística tradicional, pois os 
meios e a infra-estrutura operacional são, na essência, os mesmos. Mas tudo começa a mudar 
quando analisamos o fluxo de informação, a percepção do tempo e o nível de exigência dos 
clientes, que passam a correr em ritmo muito mais acelerado, demandando recursos tecnológicos 
mais avançados e cuidados redobrados com a coordenação dos processos.