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Introdução

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Após a revolução industrial, as relações entre o homem e seu trabalho sofreram drásticas 

mudanças. O homem deixou o risco de ser apanhado pelas garras dos animais, para submeter-se ao 
risco de ser apanhado pelas garras das máquinas.

Junto com a evolução industrial proporcionada pelas novas e complexas máquinas, surgiram os 

riscos e os acidentes da população trabalhadora. Face às exigências de melhores condições de trabalho 
e maior proteção ao trabalhador, são dados os primeiros passos em direção à proteção da saúde e vida 
dos operários. A Engenharia de Segurança do Trabalho toma forma e com os estudos de Ramazzini - o 
Pai da Medicina do Trabalho -, passando por Heinrich, Fletcher, Bird, Hammer e outros, evolui e muda 
conceitos, ampliando sua abordagem desde as filosofias tradicionais até os nossos dias.

Figura 1.2

O processo tradicional de segurança baseado em trabalhos estatísticos, que servem para 

determinar como o trabalho afeta o elemento humano, através de um enfoque altamente filosófico, 
mas sem tomar atitudes concretas frente ao alto índice de acidentes, dá lugar a novos conceitos, e os 
acidentes deixam de se tornar eventos incontroláveis, aleatórios e de causas inevitáveis para tornarem-
se eventos indesejáveis e de causas conhecidas e evitáveis. Sem desmerecer as filosofias tradicionais, 
pois elas são um instrumento valioso e o passo inicial para buscar eficazmente não apenas a correção, 
mas a prevenção dos acidentes, torna-se imperativa para o desenvolvimento e crescimento social e 
econômico de uma nação, que tanto os órgãos governamentais quanto a iniciativa privada vejam no 
homem sua riqueza maior e compreendam que investir em segurança é um ótimo negócio.

Para saber mais:

Ramazzini B., As Doenças dos Trabalhadores, Fundacentro, 2000.

Introdução à Higiene Ocupacional, Fundacentro, 2004.