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Meio Ambiente  

Meio ambiente é tudo o que envolve ou cerca os seres vivos. A palavra ambiente vem do latim 

e o prefixo ambi dá a idéia de “ao redor de algo” ou de “ambos os lados”. O verbo latino ambio, 
ambire significa “andar em volta ou em torno de alguma coisa”. Cabe notar que as palavras meio e 
ambiente trazem a idéia de entorno e envoltório, de modo que a expressão meio ambiente encerra 
uma redundância. Essa é a expressão consagrada no Brasil, na Espanha e nos demais países que falam 
o castelhano; em Portugal utiliza-se apenas a palavra ambiente, da mesma forma que no italiano. No 
idioma francês e no inglês utilizam-se as palavras environnement e environment, respectivamente, 
ambas originadas do francês antigo environer que significa circunscrever, cercar e rodear. O que 
envolve os seres vivos e as coisas ou o que está ao seu redor é o Planeta Terra com todos os seus 
elementos, tantos os naturais quanto os alterados e construídos pelos seres humanos. Assim, por meio 
ambiente se entende o ambiente natural e o artificial, isto é, o ambiente físico e biológico originais 
e o que foi alterado, destruído e construído pelos humanos, como as áreas urbanas, industriais e 
rurais. Esses elementos condicionam a existência dos seres vivos, podendo-se dizer, portanto, que o 
meio ambiente não é apenas o espaço onde os seres vivos existem ou podem existir, mas a própria 
condição para a existência de vida na Terra. 

1.1 - Introdução as Questões Ambientais

A utilização que o homem tem feito dos recursos naturais nem sempre ocorreu considerando suas 

características e as capacidades de recuperação dos mesmos. Aliás, só mais recentemente ele passou 
a preocupar-se com os problemas ambientais. A atitude mais comum do homem era considerar-se 
superior a Natureza, fazendo uso da mesma da forma que julgava melhor para ele.

O surgimento de problemas ambientais graves, com reflexos sobre o próprio homem, levou-o 

a procurar compreender melhor os fenômenos naturais e a entender que deve agir como parte 
integrante do sistema natural.

Esta conscientização, infelizmente, ainda não alcançou uma parcela significativa da população, 

que continua a provocar mudanças drásticas nos ecossistemas, alterando-o de forma a prejudicar os 
seus componentes, entre eles o próprio homem.

A natureza tem uma grande capacidade de recuperação e os seus recursos existem para 

proporcionar ao homem uma satisfatória qualidade de vida. No entanto, essa capacidade não é 
ilimitada e, muitas vezes, um recurso natural degradado não tem condições de voltar às características 
originais, causando a destruição de seus componentes e sérios danos ao ser humano. Cabe ao homem 
entender os fenômenos naturais e compreender como os recursos ambientais se recuperam, antes de 
utilizá-los. Ao longo de sua história, o homem vem alterando os ecossistemas, sem considerar que os 
recursos disponíveis são finitos.

Segundo Miller (1985), nosso planeta pode ser comparado a uma astronave deslocando-se a 

cem mil quilômetros por hora pelo espaço sideral, sem parada para reabastecimento, mas dispondo 
de um eficiente sistema de aproveitamento de energia solar e de reciclagem de matéria. Existem 
atualmente, na astronave, ar, água e comida suficientes para manter seus passageiros. Tendo em 
vista o progressivo aumento do número desses passageiros (em forma exponencial) e a ausência 
de portos para reabastecimento, pode-se vislumbrar, a médio e longos prazos, problemas sérios 
para a manutenção de sua população. A tendência natural de qualquer sistema, como um todo, é de 
aumento da entropia (grau de desordem). Assim, os passageiros, utilizando-se da inesgotável energia 
solar, processam, por meio de sua tecnologia e de seu metabolismo, os recursos naturais finitos – 
gerando, inexoravelmente, algum tipo de poluição. 

Figura 1.0 – Integração x 
Conscientização.