Capítulo 1
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Do equilíbrio entre esses três elementos – população, recursos naturais e poluição – dependerá o
nível de qualidade de vida no planeta.
Figura 1.1 – Representação de elementos x qualidade de vida.
1.2 - Perspectiva Histórica Ambiental
Nos primórdios da civilização humana, o controle do fogo abriu caminhos na cadeia evolutiva com
características próprias na relação com a natureza, entretanto não foi o bastante para garantir mudanças
radicais e progressivas no modo de inserção da espécie humana com a natureza. Exemplo vivo da
situação citada pode nos referenciar ao povo Yanomamis, que vivendo do ponto de vista ecológico,
utilizando o fogo como técnica agroflorestal e outros instrumentos, não provoca desequilíbrio
comprometedor do ecossistema, embora o modifique. Mas são transformações integradas com o
meio ambiente da floresta. Portanto um ecossistema em equilíbrio não quer dizer um ecossistema
estático, semelhante ao equilíbrio homeostático entre os seres produtores e consumidores.
Com o domínio da técnica agrícola iniciada com o povo pelo egípcio, utilizando o húmus deixado
pela cheia do rio Nilo. A humanidade deu um passo significante do seu modo de interação com a
natureza, essa prática modifica profundamente o sistema ecológico, pois substitui a variedade de
espécies de um sistema pelo cultivo ou criação de umas poucas espécies selecionadas em função do
seu valor como alimento ou como matéria-prima.
Entretanto, modificar o sistema ecológico com a prática da agricultura, não é necessariamente
incompatível com a preservação do equilíbrio ambiental. É possível construir um sistema agrícola
baseado em sistema de produção que preservem certos mecanismos básicos de regulação ecológica,
como prática citamos o controle de pragas, pela alternância de cultivo de espécies distintas numa
mesma área, garantido o mínimo de biodiversidade, que o principal mecanismo da natureza para
garantir o equilíbrio do ecossistema, outra técnica é entremeando bosques, matas com área agrícolas.
Com a Revolução Industrial, a capacidade de intervenção na natureza foi significativa para a
humanidade e continua a crescer sem cessar. Esse aumento da capacidade de intervenção provocou
grandes danos ambientais, mas também ofereceu alternativas de aprendizado e adoção de práticas
e técnicas sustentáveis.
A Revolução Industrial também marcou o início do grande consumo dos combustíveis fósseis
que pressiona fortemente a base de recursos naturais do planeta, ultrapassando a capacidade de
carga do planeta. A magnitude quantitativa e qualitativa de retirada de recursos naturais exercido
pela sociedade, denominada de pegada ecológica, resultado da operação obtido pelo tamanho da
população multiplicado pelo consumo per capta do recurso natural, dada à tecnologia. O progresso
técnico pode atenuar essa pressão, mas não eliminá-la.
A capacidade de carga do planeta não poderá ser ultrapassada sem que ocorra grande catástrofe
ambiental. Esse limite da capacidade de carga é Valor Econômico da Poluição desconhecido, sendo
muito difícil conhecê-lo com precisão, portanto devemos adotar uma atitude de precaução, criando
condições sócio-econômicas, institucionais e culturais que estimule o progresso tecnológico
poupador de recursos naturais, como também uma mudança de padrões de consumo ilimitado de
recursos per capta.