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Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade

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DESCRIÇÃO DOS EFEITOS DE UM CHOQUE ELÉTRICO NO CORPO HUMANO

Os efeitos da passagem de corrente elétrica no corpo humano devido um choque elétrico são 

bastante complexos pois envolvem:

a) Efeitos Físicos: são provocados por energia térmica e força eletromagnética. Tais como:

 Elevação da temperatura dos órgãos do corpo humano devido ao aquecimento produzido 

pela corrente elétrica do choque (Efeito Joule, P=I2R);

 Necrose – resultado de queimaduras profundas produzidas no tecido.

b) Efeitos Químicos: são provocados por alterações eletrolíticas, causado pelo efeito de 
eletrólise no sangue.

Como o corpo humano, é constituído de 70% de matéria liquida, possuindo vários tipos de sais 

minerais (entre outros sais de sódio, potássio, cálcio e magnésio). O choque elétrico, em corrente 
contínua provoca a eletrólise no sangue e no plasma líquido de todo o corpo. Este efeito pode 
ocasionar mudança da concentração de sais minerais, produzindo desequilíbrio, gerando mal 
funcionamento de outros elementos e aglutinação de sais, produzindo bolinhas que provocam 
coágulos no sangue. Estes coágulos aumentam ou se aglutinam com outros, aumentando o tamanho, 
provocando trombose nas artérias, veias, vasos, etc.. com a consequente morte da pessoa.

c) Efeitos Biológicos: são provocados por contraturas musculares (músculo cardíaco) e 
alterações neurológicas. Manifestam-se por:

 Parada respiratória – inibição dos centros nervosos, inclusive dos que comandam a 

respiração.

 Parada cardíaca – é a falta total de funcionamento do coração. Quando ele está efetivamente 

parado, o sangue não é mais bombeado, a pressão cai a zero e a pessoa perde os sentidos. 
Neste estado as fibras musculares estão inativas, interrompendo o batimento cardíaco. 
Despolarização das fibras cardíacas.

 Perturbação do sistema nervoso.
 Prolapso: é o deslocamento, com mudança definitiva de órgão ou músculos, devido 

a passagem da corrente elétrica do choque. O corpo sofre uma verdadeira convulsão. 
Os músculos se contraem o sangue se dilata e ocorre um distúrbio nos sistemas 
neurotransmissores, capaz de produzir o prolapso de qualquer órgão, isto é, o deslocamento 
dos músculos e órgãos internos da sua devida posição;

 Comprometimento de outros órgãos, tais como: rins, cérebro, vasos, órgãos genitais e 

reprodutores.

 Tetanização (rigidez) dos músculos do corpo humano;
 Superposição da corrente do choque com as correntes neurotransmissoras que comandam 

o organismo humano, criando um descontrole geral.

Muitos órgãos aparentemente sadios só vão apresentar sintomas devido aos efeitos da corrente 

de choque muitos dias ou meses após, apresentando sequelas, que muitas vezes não são relacionadas 
com o choque, devido ao espaço de tempo decorrido desde o acidente.

Em geral, os fenômenos patológicos críticos são: tetanização, parada respiratória, queimadura e 

fibrilação ventricular.

a) Tetanização: É a paralisia muscular provocada pela circulação de corrente através dos 
tecidos nervosos que controlam os músculos. Superposta aos impulsos de comando da mente, 
a corrente de curto os anula, podendo bloquear o membro ou o corpo inteiro, neste momento, 
de nada vale a consciência do indivíduo e sua vontade de interromper o contato.

b) Parada Respiratória: É um caso particular da tetanização, que atinge os músculos peitorais 
bloqueando a função dos movimentos respiratórios (inclusive dos movimentos involuntários). 
Quando estão envolvidos na tetanização os músculos peitorais, os pulmões são bloqueados, 
parando a função vital da respiração.

c) Fibrilação Ventricular: Se a corrente atinge o músculo cardíaco, poderá perturbar o 
seu funcionamento regular. Os impulsos periódicos que em condições normais regulam as 
contrações (sístole) e as expansões (diástole), são alterados: o coração vibra desordenadamente, 
em termos técnicos “perde o passo”.