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Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
R
E
G -
5
4
9
.5
21
- C
O
PY
R
IG
H
T - B
0
0
1
Segundo Kinderman em algumas situações o percentual de corrente que passa pelo coração na
figura “E” da tabela 1.0 pode ser diferente de zero.
Figura 1.6
Tabela 1.0
LOCAL DE
ENTRADA
PERCURSO
PORCENTAGEM DA
CORRENTE QUE PASSA
PELO CORAÇÃO
TIPO DE
CONTATO
Figura A
Da cabeça para o pé direito
9,7%
Toque
Figura B
Da mão direita para o pé esquerdo
7,9%
Toque
Figura C
Da mão direita para a mão esquerda
1,8%
Toque
Figura D
Da cabeça para a mão esquerda
1,8%
Toque
Figura E
Do pé direito para o pé esquerdo
0%
Passo
CARACTERÍSTICAS DA CORRENTE ELÉTRICA
Outros fatores a determinar a gravidade do choque elétrico são as características da corrente:
a) Corrente contínua (CC): a fibrilação ventricular só ocorrerá se a corrente contínua for
aplicada durante um instante curto específico e vulnerável do ciclo cardíaco.
b) Corrente alternada (CA): entre 20 e 100 Hertz. São as que oferecem maior risco. E
especificamente as de 60 Hertz, normalmente usadas nos sistemas de fornecimento de energia
elétrica, são especialmente perigosas, uma vez que elas se situam próximas à frequência na
qual a possibilidade de ocorrência da fibrilação ventricular é maior.
Para correntes alternadas de frequências elevadas, acima de 2000 Hz, as possibilidades de
ocorrência de choque elétrico são pequenas, contudo, ocorrerão queimaduras, devido à corrente
tender a circular pela parte externa do corpo, ao invés da interna.
Ocorrem também diferenças nos valores de intensidade de corrente para uma determinada
sensação de choque elétrico, se a vítima for do sexo feminino ou masculino.
Tabela 1.1
FAIXA DE
CORRENTE
REAÇÕES FISIOLÓGICAS HABITUAIS
0,1 a 0,5 mA
Leve percepção superficial, habitualmente nenhum efeito
0,5 a 10 mA
Ligeira paralisia do músculo dos braço, com inicio de tetanização;
habitualmente nenhum efeito perigoso
10 a 30 mA
Nenhum efeito perigoso se houver interrupção em no Máximo 5s
30 a 500 mA
Paralisia estendida aos músculos do tórax, com sensação de falta de ar e
tontura; possibilidade de fibrilação ventricular se a descarga elétrica se
manifesta na fase critica do ciclo cardíaco e por tempo superior a 200ms
Acima de 500 mA
Traumas cardíacos persistentes; nesse caso o efeito é letal, salvo intervenção
imediata de pessoal especializado com equipamento adequado