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Princípios Físicos da Radioterapia
R
E
G -
5
5
1
.0
0
2
- C
O
PY
R
IG
H
T - B
0
0
1
1.4 - Predominância de Cada Interação
O gráfico abaixo mostra que para energias baixas predomina o efeito fotoelétrico, especialmente
se o número atômico do material for alto. Conforme a energia do fóton aumenta, o efeito fotoelétrico
passa a ser cada vez menos importante, especialmente para número atômico baixo. Começa, assim,
a ser importante o efeito Compton, já que a produção de pares ainda é impossível. A produção de
pares começa a ser importante a partir de 5 MeV, principalmente se o número atômico for alto.
Númer
o A
tômic
o
Efeito Compton
Energia do Fóton (MeV)
P
rodução de P
a
re
s
Ef
eit
o F
o
toelétric
o
100
50
10
0
0,01
0,1
1
10
100
Figura 1.3 - Probabilidade de interação em função da energia do fóton
1.5 - Efeitos Biológicos das Radiações
A incidência da radiação pode provocar inonizações. Estas ionizações podem, por sua vez,
provocar quebras químicas modificando a estrutura molecular de um meio material. Se essa mudança
de estrutura molecular ocorrer em qualquer tecido ou célula, poderá haver mudança biológica nesse
meio. Nem toda mudança biológica será um dano, muito menos um dano irreversível. Porém, alguns
desses danos poderão inviabilizar a divisão celular ou levar a célula à morte. De maneira simplificada,
os danos às células são classificados em letais ou sub-letais.
Os danos letais são irreversíveis, não podem ser reparados e levam a célula à morte. Os danos
sub-letais podem ser reparados em algumas horas, fazendo com que a célula se recupere totalmente.
Porém, se outros danos sub-letais forem acrescentados ao dano sub-letal já instalado, essa soma de
danos poderá gerar um dano letal, levando a célula à morte.
A quantidade de células que sobrevivem a uma determinada quantidade de radiação é dada por
um gráfico parecido com o da figura abaixo.
Dose (cGy)
1
S
obr
eviv
ência
Figura 1.4 - Sobrevivência celular em função da dose