Capítulo 1

8

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E

G - 
5

5

1

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0

2

 - C
O

PY
R

IG

H

T - B

0

0

1

1.2 - Efeito Compton

Efeito Compton, ou espalhamento, ocorre quando um fóton interage com um elétron fracamente 

ligado ao núcleo do átomo. Nesse caso, o fóton perde uma fração de sua energia e muda sua trajetória 
original. O elétron é ejetado do átomo ao adquirir energia. Neste caso também ocorre uma ionização.

A quantidade de elétrons fracamente ligados não depende muito do número atômico do material, 

portanto, a probabilidade de ocorrer uma interação Compton não é muito dependente do número 
atômico do material em que incide a radiação.

Em relação à energia, como qualquer fóton usado em Radioterapia tem energia relativamente 

alta, a probabilidade de interação também não depende muito da energia do fóton incidente.

Figura 1.1 - Efeito Compton

1.3 - Produção de Pares

A Produção de Pares ocorre quando um fóton se aproxima bastante do núcleo atômico. Ao 

interagir com o campo nuclear, ocorrerá uma grande mudança que “transforma” a energia do fóton 
em massa pela famosa relação E = m c2. Quando ofóton sofre esse tipo de interação, aparecem duas 
partículas em seu lugar e ele desaparece. Essas partículas são um elétron de carga elétrica negativa 
e um elétron de carga elétrica positiva. Esse elétron de carga positiva recebe o nome de pósitron. 
Portanto, na interação por produção de pares o fóton desaparece e em seu lugar aparecem um 
elétron e um pósitron.

A massa de um elétron é equivalente a 511 keV. Como o pósitron é igual a um elétron, a exceção 

de sua carga elétrica, a energia necessária para produzir um par elétron-pósitron é igual a 1022 keV. 
Sendo assim, nenhum fóton com energia menor que esse limiar de 1022 keV poderá sofrer uma 
interação de produção de pares. Quanto maior a energia do fóton, maior a probabilidade de ocorrer 
esse tipo de interação. A energia excedente ao valor necessário para produzir as partículas será sua 
energia cinética após a interação. Como a interação depende do campo nuclear, quanto maior o 
número atômico, maior a probabilidade de interação.

Figura 1.2

 - 

Produção de pares