Capítulo 1
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Consciente desta realidade a ISO ao efetuar a revisão da família ISO 9000, tomou em conta as
sugestões dos utilizadores que já tinham sentido esta dificuldade, bem como os resultados do
inquérito a utilizadores que foi realizado em 1998. Esta nova versão, adota uma sequência estrutural,
baseada em pressupostos do mesmo modelo de gestão das ISO 14000 e OHSAS 18000.
A norma IS0 9001:2000 adota o modelo de processo em vez da aproximação por procedimentos, e
incorpora o Plan-do-Check-Action (PDCA), ou seja, o ciclo de melhoria contínua, também designado
por Ciclo de Deming – Planejar – Executar – Avaliar – Atuar ou Plan-do-Check-Action.
Isto aumenta muito a compatibilidade do novo referencial com os do ambiente e da segurança
que usam exatamente a mesma metodologia.
Figura 1.2 - Ciclo Plan-Do-Check-Action (PDCA)
SIG - Um confronto entre o referencial teórico e a prática empresarial
No início da década de 90, os sistemas integrados de gestão ou ERPs (Enterprise Resource Planning)
passaram a ser largamente utilizados pelas empresas. Nessa época, eram extremamente caros, viáveis
somente para empresas de grande porte. No transcorrer dessa década, as grandes corporações
fizeram suas escolhas sobre os sistemas a serem adquiridos e implantados, saturando assim o mercado
das grandes empresas e reduzindo as possibilidades de negócio para os fornecedores de ERPs nesse
segmento empresarial (Corrêa, 1998).
Caracterização dos SISTEMAS ERPS – segundo vários autores
O entendimento de ERP compreende desde um conjunto de programas de computador até um
sistema de informação de gestão que visa apoiar as decisões estratégicas da empresa. Em relação à
base de dados única, esta característica permite que a mesma informação seja compartilhada por
toda a empresa, reduzindo os problemas de inconsistência e duplicidade e conferindo confiabilidade
às informações do sistema. O ERP armazena as informações da empresa em um banco de dados
corporativo, solucionando o problema de ter a mesma informação com valores distintos em diferentes
relatórios.
As várias interpretações pelos autores
Para Lima et al. (2000), a adoção de um ERP afeta a empresa em todas as suas dimensões, culturais,
organizacionais ou tecnológicas. Esses sistemas controlam toda a empresa, da produção às finanças,
registrando e processando cada facto novo na engrenagem corporativa e distribuindo a informação
de maneira clara e segura, em tempo real. Ao adotar um ERP, o objetivo básico é melhorar os processos
de negócios usando tecnologia da informação. Mais do que uma mudança de tecnologia, a adoção
desses sistemas implica um processo de mudança organizacional.
Souza & Wilker (2000) definem como sistemas de informação integrados, adquiridos na forma
de pacotes comerciais, para suportar a maioria das operações de uma empresa. Procuram atender a
requisitos genéricos do maior número possível de empresas, incorporando modelos de processos de
negócio obtidos pela experiência acumulada de fornecedores, consultorias e pesquisa em processos