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A Psicologia e a Prevenção de Acidentes

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1.5 - Reforços Positivo e Negativo 

O elogio do chefe não é, obviamente, o único tipo de estímulo reformador que pode ser usado 

para condicionar uma resposta operante tal como colocar o palito no botão que protege a mão do 
trabalhador. Na verdade, é apenas um dos membros de uma família dos reforçadores: os reforçadores 
positivos. Estes estímulos, quando apresentados, fortalecem o comportamento que os precede

Assim como há reforços positivos, há reforços negativos, que podem ser usados para condicionar 

o comportamento operante. Alguns estímulos fortalecem a resposta quando são removidos. Isto 
acontece, pôr exemplo, quando um operário tira o sapato porque esta com pedrinhas dentro; trabalha 
assiduamente para evitar o desconto mensal; usa o protetor auricular para eliminar o ruído demasiado 
forte - em todos estes casos, o que o reforça é ficar livre da estimulação. Pode-se então, dizer que 
o estímulo reformador negativo fortalece a resposta que o remove. Mas é também o estímulo que 
enfraquece a resposta que o produz. Suponhamos que João tivesse recebido uma reprimenda do 
chefe e ameaça de ser despedido caso colocasse novamente o palito no botão. O comportamento 
obviamente se enfraqueceria. De um modo geral foi constatado, com seres inferiores, que choques 
fortes, luzes intensas, sons agudos, etc, suprimem todo comportamento que os produz. A supressão 
poderá não durar muito, especialmente se o organismo for deixado na mesma situação depois de ter 
sido interrompido o reforço negativo. 

A maneira, porém, de eliminar comportamentos condicionados e faze-lo através da extinção - 

suspensão do reforçamento. Se o reforço for retirado, a resposta voltará, eventualmente, a sua 
frequência original. Algumas vezes a extinção é rápida, outras, bem vagarosa. Terá um operário de 
sempre ter medo de falar quando está na presença do chefe? Provavelmente não. 

1.6 - A Punição 

Um recurso comumente usado para apressar a extinção de um operante fortemente condicionado 

é a punição. A punição difere do reforçamento negativo. Na punição, a apresentação de um estímulo 
aversivo faz com que a resposta diminua de frequência, enquanto que no reforçamento negativo, o 
desempenho aumenta de frequência quando o estimulo é removido

Assim, ainda com relação ao exemplo mencionado, João recebe uma punição: é suspenso pôr 2 

dias e passa a ser constantemente vigiado pelo chefe imediato. 

Não resta duvida de que muitos comportamentos no mundo foram eliminados através da punição. 

A prática, porém, deste procedimento é desaconselhada pôr varias razões. 

Em primeiro lugar, porque o comportamento volta à frequência inicial na ausência do agente 

punitivo. O indivíduo passa a emitir o comportamento para evitar o estímulo aversivo e não para 
atender às suas necessidades ou às de seu grupo. 

Em segundo lugar, o indivíduo associa o estímulo punitivo a outros estímulos que acontecem 

simultaneamente. Assim, a máquina se torna aversiva a João, como talvez o companheiro que estava ao 
seu lado na hora da punição, e também a figura do chefe. O lugar, pôr exemplo, pode vir a provocar medo, 
e o medo põe fim a outras coisas - pôr exemplo, trabalhar na máquina com a mesma eficiência anterior. 

O que acabou de ser relatado nos mostra que o comportamento, embora complexo, possui certas 

bases ou leis que o determinam. 

O papel do psicólogo esta em encontrar, no universo, uma ordem, uma relação entre os 

fenômenos comportamentais. Feito isto, é possível se organizarem os fatores que determinam um 
certo desempenho. Uma vez de posse desta organização é possível se traçar uma previsão do que irá 
ocorrer quando as condições estudadas se manifestarem. 

O psicólogo, assim, pode prever a ocorrência de um determinado comportamento. E uma 

vez nesta condição, utilizar-se dos princípios e leis gerais para efetuar o controle do mencionado 
comportamento.

Tabela 1.0

Figura 1.0