Capítulo 1

12

R

E

G - 
5

4

9

.3

8

8

 - C
O

PY
R

IG

H

T - B

0

0

1

alta ou silenciosamente, quando se disca um numero de telefone e ninguém atende, não é fácil ver 
exatamente como o ambiente foi alterado pelo que se fez. Só quando se observa a história destes 
comportamentos é que se descobre que, neste ou naquele momento, alguma forma da resposta em 
questão realmente fez com que as coisas acontecessem. 

A diferença entre comportamento operante e Respondente está em que os respondentes são 

evocados automaticamente pelos seus próprios estímulos especiais. Luz nos olhos faz a pupila 
contrair-se, comida na boca produz salivação, e assim pôr diante. No caso dos operantes, entretanto, 
não há, no início, nenhum estímulo específico. Não sabemos quais os estímulos específicos que fazem 
com que o trabalhador de uma industria faça este ou aquele determinado movimento com o braço, o 
pé, a perna ou a mão. É pôr esta razão que se fala que o comportamento operante é emitido (“posto 
fora”) ao invés de eliciado (“tirado de”). 

1.4.1 - Condicionamento Respondente

Um dia, Chico ligou calmamente a máquina em que trabalhava há alguns anos, no meio do 

trabalho, fez um movimento em falso e a máquina prendeu sua mão, causando forte dor. Deste dia 
em diante, Chico começava a suar quando apenas ouvia o barulho da máquina. 

Este é um exemplo de aprendizagem que ilustra o “reflexo condicionado”. Este principio poderá 

ser enunciado como se segue: se um estímulo neutro (barulho da máquina antes de Chico machucar-
se) for pareado um certo número de vezes a um estímulo elicíador (a dor do machucado), aquele 
estímulo previamente neutro irá evocar a mesma espécie de resposta. 

No exemplo citado, este condicionamento ocorreu muito rapidamente; só um pareamento ocorreu. 

Isto não teria acontecido se certos fatores temporais não tivessem sido observados. Pôr exemplo, se o 
estímulo eliciador (dor do machucado) tivesse vindo minutos depois, ao invés de segundos, ou depois 
de a máquina haver sido desligada, o condicionamento poderia ter sido lento ou não haver ocorrido. 

1.4.2 - Condicionamento Operante 

Comecemos a apresentar este principio com um exemplo: João está lidando com uma pesada 

máquina de cortar, que, para funcionar, possui um botão de proteção. João tem de apertar o botão 
com uma das mãos e receber o produto cortado com a outra. A finalidade do botão mencionado é 
proteger a mão do trabalhador para que, num ato de distração, ele não a coloque na máquina. 

Um dia, João colocou um palito que mantinha o botão abaixado e verificou que, em vez de 

produzir 100 quebra-cabeças numa tarde, conseguiu apresentar 150 a seu chefe, que o elogiou muito. 
Deste dia em diante era vez mais frequente observar João trabalhando com o palito no botão e a mão 
desprotegida. 

Este caso ilustra um poderoso princípio do comportamento, o qual Thorndike denominou LEI do 

EFEITO

Em essência, esta lei enuncia que “um ato pode ser alterado na sua força pelas suas consequências”. 

O ato, no nosso exemplo, foi o de colocar o palito no botão de segurança; o reforçamento deste ato foi 
observado no aumento da frequência de seu aparecimento e a consequência do ato foi o aumento na 
produção e a aprovação do chefe. 

Falamos, então, na aprendizagem pôr efeito” como condicionamento instrumental ou operante e 

frequentemente, medimos a sua força em termos da frequência com que ocorre no tempo, quando o 
organismo é livre para responder à vontade. 

Este condicionamento operante pode ser representado da seguinte maneira: R e S; onde R é 

a resposta (colocar o palito); significa   “leva a”, S é o estimulo reformador, o elogio do chefe pelo 
aumento na produção.