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A Psicologia e a Prevenção de Acidentes

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Processos conscientes de percepção, sensação, sentimento e pensamento (pôr exemplo, a 
sensação dolorosa de um choque elétrico, a identificação correta de uma palavra projetada 
rapidamente na tela).

Os psicólogos estão envolvidos na investigação do comportamento e, como consequência da 

compreensão adquirida, tentam predizê-lo e influencia-lo. 

Em primeiro lugar, suponha-se que exista uma ordem no Universo, e, dentro desta ordem, uma 

relação entre fenômenos. Nota-se que uma determinada causa produz um efeito específico. 

Encontrar-se aí então, uma relação funcional entre os fenômenos. Observa-se, dessa forma, que 

o interesse esta voltado para as causas de certos comportamentos humanos. Qualquer condição 
ou evento observável que tenha algum efeito demonstrável sobre o comportamento, deve ser 
considerado. Descobrindo e analisando as causas, pode-se prever o comportamento, e passa-se a 
poder controlar o comportamento, na medida em que se pode manipulá-lo. 

Concluí-se daí que os comportamentos emitidos são respostas, eficientes ou não, a agentes 

externos comumente denominados estímulos

Podem-se citar tanto comportamentos emitidos que são básicos e eficientes, como aqueles que 

são inadequados e ineficientes. 

No primeiro caso encontram-se desempenhos tais como: alimentar-se, encontrar abrigo e procriar. 

Alguns desempenhos, porém, são respostas inadequadas a certos estímulos. No reino animal 

não racional, constata-se que os “erros” mais frequentes nos comportamentos básicos emitidos 
acontecem quando o animal é colocado em ambiente artificial. O passarinho que nasceu e viveu 
na floresta, morre ao tentar, calmamente, bicar restos de comida numa movimentada rua da cidade 
grande. Este comportamento já não é emitido pelo passarinho que nasceu e viveu na cidade grande 
e aprende a fugir ou evitar os carros. 

Parece que já se pode traçar um paralelo entre o exemplo acima e as respostas inadequadas que 

resultam em acidentes do trabalho. 

O passarinho da cidade grande aprendeu a evitar os carros. São muitos as situações em que 

se usa o verbo aprender. Aprendemos a distinguir uma voz cortês de outra zangada. Aprendemos 
que certos objetos cortam, queimam, picam ou machucam os dedos, se não forem manejados 
corretamente. Aprendemos como liderar em certas situações. Aprendemos a ter medo do motor do 
dentista. Aprendemos as tabuadas, e assim pôr diante. 

Nota-se, pelos exemplos acima, que as aprendizagens são diferentes, levando-nos a idéia de como 

é difícil se definir aprendizagem. A ciência ainda tem um longo caminho a percorrer neste sentido. 
Alguns princípios ou leis gerais, porém, emergiram recentemente nos estudos da natureza humana. 
Estes princípios ou leis não são difíceis de serem entendidos e, se bem compreendidos, constituem 
um poderoso instrumento na analise de comportamentos de todos os tipos. 

1.4 - Comportamento Operante e Respondente 

Antes de se começar a análise dos princípios, é preciso distinguir entre dois tipos de comportamento: 

Respondente e o operante

O comportamento Respondente (reflexo) incluí todas as respostas dos seres humanos e de muitos 

organismos, que são eliciadas (produzidas) pôr modificações especiais de estímulos do ambiente. 

Manifesta-se sempre que as pupilas se contraem ou dilatam, em resposta a modificações na 

iluminação do ambiente; sempre que uma lufada de ar frio arrepia a ele; sempre que se estremece em 
consequência de um susto; e em muitas outras maneiras. 

O comportamento operante (voluntário) abrange uma quantidade maior de atividades 

humanas - desde o espernear e balbuciar do bebê de colo até as mais complicadas habilidades e 
poder de raciocínio do adulto. Incluí todos os movimentos de um organismo dos quais se possa dizer, 
em algum momento, tem um efeito sobre ou fazem algo ao mundo em redor. O comportamento 
operante opera sobre o mundo. Quando se apanha o lápis, quando se faz sinal para que o ônibus pare 
ou nele se sobe, quando se fala ao subordinado - em todos estes, e em milhares de outros atos da vida 
cotidiana, está-se exemplificando o comportamento operante. 

Algumas vezes o efeito do comportamento operante sobre o mundo exterior é imediato e óbvio, 

como quando se chuta uma bola. As modificações do mundo podem, assim, ser observadas pelas 
pessoas. Em outras ocasiões, porem, tal não é o caso. Quando alguém fala consigo mesmo, em voz