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História da Saúde Pública

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Assim o SUDS foi extinto, surgindo o Sistema Único de Saúde - SUS, encarregado de organizar no 

plano regional, as ações do Ministério da Saúde, dos serviços Estaduais e Municipais de saúde, sendo 
o SUS uma conquista da sociedade brasileira.

Figura 3.3 - Sessão final que instituiu a Constituição Federal de 1988- Fonte: Agência Brasil 

O SUS incorpora os princípios defendidos pela Reforma Sanitária, e seu tripé de sustentação se 

constitui nos princípios de Descentralização, da Integralidade, da Assistência e da Participação da 
comunidade. O SUS é um sistema público, ou seja, destinado a toda a população e financiado com 
recursos arrecadados através dos impostos pagos pela população.

É importante ressaltar que o SUS, mesmo originando expressivas mudanças em nível de 

organização e da gestão de serviços, em boa parte dos Municípios brasileiros, enfrenta grandes 
dificuldades. Neste aspecto, Polignano (s.d, p.24) afirma que:

Apesar das dificuldades enfrentadas pode-se afirmar que ao nível de 

atenção primária o SUS apresentou resultados significativos no setor público, 
mas enfrenta problemas graves com o setor privado, que detém a maioria dos 
serviços de complexidade e referência a nível secundário e terciário.

No Brasil, mesmo não oferecendo, na maior parte das vezes, um atendimento com a qualidade 

necessária para os brasileiros, o SUS ainda é um dos sistemas mais avançados, mas sua fragilidade 
coloca sua autenticidade política e social em risco. Para o SUS ter seu funcionamento de qualidade, 
depende diretamente de recursos das políticas econômicas e a insuficiência de hospitais públicos 
resulta no sucateamento da saúde.

3.1.2 - Legislação das Políticas de Saúde

No ano de 1923, é aprovada pelo Congresso Nacional a Lei Elói Chaves e através dela as Caixas de 

Aposentadoria e Pensões - CAPS, sendo esse o primeiro sistema previdenciário brasileiro.

A constituição de 1934 passou a garantir assistência médica, licença maternidade remunerada 

e jornada de trabalho de oito horas para os trabalhadores. Nos anos seguintes foram incorporados 
outros benefícios como o salário mínimo e no ano de 1943 foi instituída a Consolidação das Leis do 
Trabalho - CLT, que agregou para os trabalhadores benefícios como a indenização aos acidentados, 
o tratamento médico aos doentes, o pagamento de horas extras, férias remuneradas, etc. Esses 
benefícios eram exclusivos aos trabalhadores portadores de carteira assinada.

No ano de 1960 foi criada a Lei Orgânica da Previdência Social - LOPS, que unificou os serviços 

de saúde para todos os profissionais que fizessem parte do regime da CLT, independente de qual 
categoria esses trabalhadores fossem filiados. Segundo Polignano (s.d, p.12) neste regime foram 
“excluídos os trabalhadores rurais, os empregados domésticos e naturalmente os servidores públicos 
e de autarquias e que tivessem regimes próprios de previdência”.