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Antes de compreender o que é a Saúde Pública, sua necessidade para a sociedade atual, quais suas
funções, as obrigações do governo para com ela, entre outros conceitos, é de indispensável importância
compreender a história, desenvolvimento e a criação da Saúde Pública, objeto indispensável para
todas as nações e desenvolvimento prósperos de um povo, física e psicologicamente falando.
A compreensão do que vem a ser a Saúde Pública e a criação de um ramo exclusivo de estudo desta
é algo recente. Porém desde a Antiguidade tem-se povos que buscavam manter a saúde individual
e também de seus grupos. Um dos primeiros povos que buscava manter a saúde de seu povo era o
povo Nômade. Estes viajavam constantemente buscando alimentos, defesa do grupo e também pela
segurança, pois este estavam constantemente sob ataque de animais, do clima e também da escassez
de alimentos.
O povo nômade ao longo de suas incessantes viagens acabou por desenvolver uma maior
resistência e aptidão física devido ao deslocamento constante e contato com os mais diversos tipos
de animais, plantas e ambientes. Porém apesar destes povos desenvolverem uma maior resistência,
devido aos motivos já citados, eles também acabaram por contrair doenças não características de seu
povo, doenças contraídas tanto de outros povos, quanto transmitidas por, também já citados, plantas,
animais e ambientes. Tais doenças,assim como todas as contraídas por este povo eram justificadas
como sendo algo mágico, sobrenatural, de origem divina.
Após o povo nômade instalar-se em um local fixo, essa civilização, assim como outras, justificavam
as doenças como sendo decorrentes de forças externas, vindas de forças sobrenaturais ou elementos
da natureza. O pensamento de que as doenças eram causadas por elementos sobrenaturais também
manteve-se no cristianismo. Mas neste as doenças eram uma punição divina, justa enviada por Deus
como forma de penitência de seus pecados. O corpo e a alma eram dominados por um mau espírito,
o causador das doenças.
Porém este era um pensamento Ocidental, em culturas Orientais como da índia e China, as
doenças eram causadas por um desequilíbrio dos chamados “humores”, este para a cultura ocidental
são elementos que fazem parte do corpo humano e que devem estar sempre em harmonia, em
equilíbrio. E este estado de equilíbrio denominado de Isomonia, é o que nós chamamos de Saúde,
assim para alguns povos ocidentais possuir Saúde significa estar em harmonia perfeita com os quatro
elementos que constituem o corpo, sendo eles: Terra, Fogo, Água e Ar.
Já os gregos buscavam justificar as doenças de forma racional, e através de suas buscas
desenvolveram a “Medicina Racional” Esta medicina era dividida em: Alcmon, Hipócrates e Galeno. A
medicina grega descartava os elementos mágicos e divinos para a doença, elas vinham das seguintes
causas: vindas do Ambiente, da Sazonalidade, Trabalho e Posição Social.
Enquanto na a medicina Grega há muito havia progredido, no início da Idade Média a medicina
passa a retroceder, agora a função de cura não deve-se mais aos médicos, o cristianismo promete
curar seus fiéis e a estes é dado a retenção e cura. E as doenças mais uma vez passam a ser justificadas
como, no caso dos pagãos, como sendo possessão de Lúcifer ou feitiçaria e no caso dos cristãos
como penitência aos pecados, eles estavam sendo purificados. A cura dos enfermos era por meio de
milagres, estes deveriam penitenciar-se, rezando incessantemente pela cura.
A o pensamento que a doença e a cura provinham de causas divinas enfraqueceram com o
Renascimento Cultural, nesta época a cultura voltara-se para a razão e ciência, o homem passou a
acreditar apenas no que vê e buscando justificativas para diversos eventos e para tal é desenvolvido
a Ciência Experimental. E assim a medicina, como a ciência num todo, progrediu significativamente,
em comparação aos retrocessos já ocorridos ao longo da história. Agora o homem busca justificar
racionalmente e de forma prática os eventos, antes não compreendidos.
História da Saúde Pública