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A Comunicação Empresarial em Nível de Hierarquia
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Em geral, essa habilidade para supervisionar diretamente o comportamento de subordinados está
limitada pela complexidade e pelo inter-relacionamento das tarefas. Se elas são complexas, a extensão
de controle do gerente deve ser pequena, se são similares, e os subordinados desempenham a
mesma atividade, a extensão de controle pode ser maior. Quando as tarefas possuem grande relação,
afetando umas às outras, a coordenação e controle são um desafio para o gerente.
2.3 - Controle: Fatores Afetando a Hierarquia
Quando existe limite para a supervisão direta dos gerentes, a organização deve buscar outras
formas de controle. Em geral, a primeira é o aumento de diferenciação horizontal, que leva ao
aparecimento de subunidades - funções ou divisões - especializadas. Uma organização dividida
em subunidades possui diversas hierarquias, pois cada função, departamento ou divisão tem a sua
própria. A diferenciação horizontal é boa para manter controle sobre os empregados quando não
se pode aumentar os níveis hierárquicos sem ocasionar problemas. O aumento de diferenciação
horizontal evita problemas de muitos níveis na organização mantendo-a enxuta, apesar da orientação
a subunidades poder prejudicar a coordenação e motivação.
A solução para o problema de coordenação e comunicação, devido ao aumento do número de
gerentes e níveis, pode ser a descentralização de autoridade. A autoridade para tomada de decisão
é delegada às pessoas através da hierarquia, reduzindo a necessidade de gerentes monitorando
gerentes. Numa organização grande e complexa, a descentralização pode não eliminar totalmente
a necessidade de muitos níveis hierárquicos, mas reduz a quantidade de supervisão necessária
numa subunidade e permite que uma estrutura alta seja mais flexível para se ajustar a mudanças. Os
gerentes podem obter maior controle sobre as atividades pela padronização, pois normas e regras
de procedimentos operacionais substituem a supervisão direta, reduzindo a necessidade de níveis
extras na hierarquia. A medida que as tarefas são padronizadas e controladas, diminui a necessidade
de supervisão e a extensão de controle dos gerentes pode ser aumentada.
Estruturar uma organização requer decisão sobre os métodos de controle e cada estrutura reflete
uma contingência particular, por isso são diferentes. O desenho organizacional é difícil, pois todas as
decisões afetam umas as outras e devem ser feitas simultaneamente.
2.4 - Os Princípios da Burocracia
O alemão Max Weber desenvolveu alguns princípios para desenhar a hierarquia de forma a alocar
efetivamente a autoridade de tomada de decisão e controle sobre os recursos. Seu trabalho teve
grande influência no desenho organizacional.
Burocracia é uma forma de estrutura organizacional na qual as pessoas podem ser supervisionadas
por suas ações, pois elas devem agir de acordo com regras e procedimentos operacionais
padronizados. O princípio burocrático de Weber oferece uma receita para criação e diferenciação
da estrutura organizacional onde a autoridade e responsabilidade por tarefas estão distribuídas de
forma a maximizar a efetividade organizacional.
1 -
Primeiro Princípio: A burocracia está fundamentada no conceito de autoridade racional-legal.
Autoridade racional-legal é aquela que a pessoa possui em função de sua posição na organização.
A obediência não se dá por qualidades pessoais, mas por nível de autoridade e responsabilidade
pessoais associados à posição ocupada. Este princípio indica que as escolhas que afetam o desenho
da hierarquia organizacional devem estar baseadas na necessidade de tarefas, não de pessoas. Os
subordinados devem obedecer aos gerentes pelo poder e autoridade da posição. Para a burocracia
ser efetiva, a distinção entre posição e pessoas que as ocupam deve ser clara.
2 -
Segundo Princípio: Papéis Organizacionais são baseados em competências técnicas, não por
causa de status social ou hereditariedade.
Numa hierarquia bem desenhada, os papéis são ocupados por pessoas capazes de realizar o
trabalho e não por indicações ou contatos pessoais. Esses dois primeiros princípios estabelecem o
papel organizacional, e não as pessoas, como o componente básico da estrutura burocrática.