Capítulo 1

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Um ponto divisor na evolução da manutenção foi a Segunda Guerra Mundial. Durante este 

período de houve elevada produção de material bélico, grande desenvolvimento tecnológico das 
máquinas e equipamentos, como novos inventos surgindo da noite para dia no esforço de guerra. 
Novos conceitos e filosofias da manutenção contribuíram para a eficácia da atuação das equipes no 
“front”. Naquele momento, as intervenções corretivas, aquela que ocorre após a falha ou quebra do 
ativo, não eram mais suficientes. A manutenção preventiva surgia não só para corrigir as falhas, mas 
também para evitá-las, a manutenção tornou-se tão importante quanto a operação. 

Após a década de 50, surgiu uma grande evolução na aviação comercial e na indústria eletrônica. 

Com a preventiva baseada na estatística (tempo ou horas trabalhadas), observou-se que o tempo 
gasto para diagnosticar as falhas era maior do que o de execução do reparo. A alta administração, 
então, resolveu selecionar equipes de especialistas para compor um órgão de assessoramento, 
que se denominou “Engenharia de Manutenção”, recebendo os encargos de planejar e controlar a 
manutenção preventiva e analisar causas e efeitos das avarias.

Com a difusão dos computadores e a sofisticação dos instrumentos de proteção e medição, a 

Engenharia de Manutenção passou a desenvolver critérios mais sofisticados de Manutenção Baseada 
em Condições, estes foram unidos a sistemas automatizados de planejamento e controle, reduzindo 
os serviços burocráticos dos executantes de manutenção.

No início dos anos 70, foi levado em questão o envolvimento dos aspectos de custos no processo 

de gestão da manutenção, que ficou conhecido como Terotecnologia. Esta técnica propunha a 
capacidade de combinar os meios financeiros, estudos de confiabilidade, avaliações técnicas-
econômicas e métodos de gestão, de modo a obter ciclos de vida dos equipamentos cada vez menos 
dispendiosos. O conceito de terotecnologia é a base da atual “Manutenção Centrada no Negócio”, 
onde os aspectos de custos norteiam as decisões da área de Manutenção e sua influência nas decisões 
estratégicas das empresas.

Ainda na década de 1970 os japoneses criaram a Total Productive Maintenance - TPM (Manutenção 

Produtiva Total), envolvendo o ciclo produtivo ocioso da operação para execução de rotinas de 
manutenção permitindo o mantenedor fazer parte das análises da Engenharia de Manutenção. 

Com desenvolvimento dos microcomputadores nos anos 80, as áreas de manutenção passaram 

a desenvolver e processar seus próprios programas, melhorando o processamento das informações 
e diminuindo a dependência de disponibilidade humana e de equipamentos para o atendimento 
as suas prioridades de processamento pelo computador central. Também havia dificuldades de 
comunicação das necessidades para o analista de sistemas, nem sempre familiarizados com a área 
de manutenção.

Em algumas empresas a manutenção se tornou tão importante que o PCM passou a compor uma 

área de assessoramento à supervisão geral de produção, uma vez que influencia também a área de 
operação.

No final da década de 80, com as exigências de aumento da qualidade dos produtos e serviços 

pelos consumidores, a manutenção passou a ser um elemento importante no desempenho dos 
equipamentos, haja vista impactar diretamente no produto final. Este reconhecimento foi acatado 
pela ISO , quando em 1993 revisa a norma série 9000 para incluir a função manutenção no processo 
de certificação dando, portanto, o reconhecimento (já identificado pela ONU em 1975) da estrutura 
organizacional de equivalência dessas duas funções no incremento da qualidade, aumento da 
confiabilidade operacional, redução de custos e redução de prazos de fabricação e entrega, garantia 
da segurança do trabalho e da preservação do meio ambiente.

No final do século passado, a manutenção passou a ter uma importância em grau equivalente ao 

que já vinha sendo dado à operação. Em consequência, o PCM, passou a desempenhar importante 
função estratégica dentro da área de produção, através do registro das informações e da análise de 
resultados, auxiliando os gerentes de Produção, Operação e Manutenção na tomada de decisão.