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Introdução
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Com o aparecimento de um mercado caracterizado pela diversidade de produtos com vida útil
reduzida, o sistema produtivo, para dar resposta, teve de se flexibilizar, sem, contudo pôr em causa
os níveis médios de produtividade. Assim, a sequência de operações passa a ser controlada por um
programa (listagem de instruções), permitindo a flexibilização do processo automático de produção.
Esta mudança provocou alterações ao nível da tecnologia utilizada nos dispositivos de controle.
A evolução tecnológica tem vindo a permitir a implementação de novos sistemas de automação
que acompanham as novas concepções das linhas de produção. Podemos distinguir genericamente
os seguintes tipos de automação:
Automação fixa;
Automação programada;
Automação flexível.
Vamos seguidamente caracterizar de uma forma resumida cada um destes tipos de automação.
1.3.1 - Automação Fixa
Este tipo de automação é caracterizado pela rigidez da configuração do equipamento. Uma vez
projetada uma determinada configuração de controle, não é possível alterá-la posteriormente sem
realizar um novo projeto.
As operações a realizar são em geral simples e a complexidade do sistema tem, sobretudo a ver
com a integração de um elevado número de operações a realizar. Os aspectos típicos da automação
fixa são:
Investimentos iniciais elevados em equipamentos específicos;
Elevadas taxas de produção;
Impossibilidade em geral de prever alterações nos produtos;
Este tipo de automação justifica-se do ponto de vista econômico quando se pretende realizar
uma elevada produção. Como exemplos de sistemas deste tipo, podemos citar as primeiras linhas de
montagem de automóveis nos Estados Unidos. (Ex: linha de produção do Ford T, 1913).
1.3.2 - Automação Programável
Neste caso, o equipamento é montado com a capacidade de se ajustar a alterações da sequência
de produção quando se pretende alterar o produto final. A sequência de operações é controlada por
um programa. Assim, para cada novo produto terá que ser realizado um novo programa. Os aspectos
típicos da automação programável são:
Elevado investimento em equipamento genérico,
Taxas de produção inferiores à automação fixa,
Flexibilidade para alterações na configuração da produção,
Bastante apropriada para produção por lotes (“batch processing”).
No final da produção de um lote, o sistema é reprogramado. Os elementos físicos envolvidos
como, por exemplo, ferramentas de corte e parâmetros de trabalho das máquinas ferramentas,
devem ser reajustados. O tempo despendido na produção de um lote deve incluir o tempo dedicado
aos ajustamentos iniciais e o tempo de produção do lote propriamente dito.