Capítulo 1

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tamanho reduzido e baixo custo de fabricação. Para se ter idéia do nível de desenvolvimento desses 
computadores nos últimos quarenta anos, enquanto o Eniac fazia apenas 5 mil cálculos por segundo, 
um chip atual faz 50 milhões de cálculos no mesmo tempo.

Voltando a 1948, o americano John T Parsons desenvolveu um método de emprego de cartões 

perfurados com informações para controlar os movimentos de uma máquina ferramenta.

Demonstrado o invento, a Força Aérea patrocinou uma série de projetos de pesquisa,coordenados 

pelo laboratório de servomecanismos do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT). Poucos anos 
depois, o MIT desenvolveu um protótipo de uma fresadora com três eixos dotados de servomecanismos 
de posição.

A partir desta época, fabricantes de máquinas-ferramenta começaram a desenvolver projetos 

particulares. Essa atividade deu origem ao comando numérico, que implementou uma forma 
programável de automação com processo controlado por números, letras ou símbolos.

Com esse equipamento, o MIT desenvolveu uma linguagem de programação que auxilia a entrada 

de comandos de trajetórias de ferramentas na máquina. Trata-se da linguagem APT (do inglês, 
Automatically Programmed Tools, ou “Ferramentas Programadas Automaticamente”).

Os robôs (do tcheco robota, que significa “escravo, trabalho forçado”) substituíram a mão-de- obra 

no transporte de materiais e em atividades perigosas. O robô programável foi projetado em 1954 pelo 
americano George Devol, que mais tarde fundou a fábrica de robôs Unimation. Poucos anos depois, a 
GM instalou robôs em sua linha de produção para soldagem de carrocerias.

Ainda nos anos 50, surge a idéia da computação gráfica interativa: forma de entrada de dados 

por meio de símbolos gráficos com respostas em tempo real. O MIT produziu figuras simples por 
meio da interface de tubo de raios catódicos (idêntico ao tubo de imagem de um televisor) com um 
computador. Em 1959, a GM começou a explorar a computação gráfica.

A década de 1960 foi o período mais crítico das pesquisas na área de computação gráfica interativa. 

Na época, o grande passo da pesquisa foi o desenvolvimento do sistema sketchpad, que tornou 
possível criar desenhos e alterações de objetos de maneira interativa, num tubo de raios catódicos.

No inicio dos anos 60, o termo CAD (do inglês Computer Aided Design ou “Projeto Auxiliado por 

Computador”) começou a ser utilizado para indicar os sistemas gráficos orientados para projetos.

Nos anos 70, as pesquisas desenvolvidas na década anterior começaram a dar frutos. Os setores 

governamentais e industriais passaram a reconhecer a importância da computação gráfica como 
forma de aumentar a produtividade.

Na década de 1980, as pesquisas visaram à integração e/ou automatização dos diversos elementos 

de projeto e manufatura. Com o objetivo de criar a fábrica do futuro, o foco das pesquisas foi expandir 
os sistemas CAD/CAM (Projeto e Manufatura Auxiliado por Computador). Desenvolveu-se também 
o modelamento geométrico tridimensional com mais aplicações de engenharia (CAE - Engenharia 
Auxiliada por Computador). Alguns exemplos dessas aplicações são a análise e simulação de mecanismos, 
o projeto análise de injeção de moldes e a aplicação do método dos elementos finitos.

Hoje, os conceitos de integração total do ambiente produtivo com o uso dos sistemas de 

comunicação de dados e novas técnicas de gerenciamento estão se disseminando rapidamente, já 
sendo uma realidade o CIM (Manufatura Integrada por Computador).

1.3 - Tipos de Automação

Embora a automação industrial tenha sido desencadeada, fundamentalmente, pela necessidade 

de melhorar os níveis de produtividade, as alterações do tipo de mercado têm feito evoluir o 
conceito de automação. Quando o mercado era caracterizado pela abundância de produtos iguais e 
duradouros, em que a economia de escala dominava a cena industrial, a automação era fixa, isto é, a 
sequência de operações no sistema era fixada pela configuração do equipamento projetado para um 
determinado produto. Embora com taxas altas de produtividade, essas alterações exigiam operações 
complexas, demoradas e dispendiosas.