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Temperamento - Caráter e Personalidade
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Características herdadas: Fatores relacionados com a aparência física são geralmente considerados
herdados.
A não se que haja trauma cefálico ou doença, o intelecto e a altura são determinados
biologicamente.
Não ser que haja tratamento medicamentoso ou raios luminosos externos, a cor da pele
também é predeterminado.
A não ser que haja ferimento ou operação plástica, a forma do nariz e orelhas é predeterminada.
Herda-se, enfim, a maioria dos caracteres relacionados à aparência.
Características ambientais: O meio ambiente abrange muitas influências. O meio químico pré-
natal: drogas, nutrição e hormônios O meio químico pós-natal: oxigênio e As experiências sensoriais
constantes: os eventos processados pelos sentidos inevitáveis a qualquer indivíduo como sons de
vozes humanas, contato físico com as pessoas, etc. Todos passam por essas experiências.
As experiências sensoriais variáveis: eventos processados pelos sentidos e que diferem de um
animal para outro da mesma espécie, dependendo das circunstâncias particulares de cada indivíduo.
Nem todos passam por essas experiências. O melhor argumento em favor da influência ambiental
na formação da personalidade encontra-se no estudo desenvolvido com gêmeos idênticos, que são
criados em lugares diferentes por diferentes pessoas. Podem ser encontradas diferenças quanto à
estatura e seus Q.I., conceito social, pessoal e metas de trabalho. O meio ambiente desempenha
importante papel nessa diferenciação.
A hereditariedade e o meio interagem continuamente, influenciando o desenvolvimento. A
hereditariedade programa as potencialidades humanas das pessoas, o meio faz essas potencialidades
se desenvolverem ou não, para mais ou para menos. Não é relevante a discussão a respeito se
a hereditariedade ou o meio é mais significativo, pois ambos são absolutamente essenciais. Cada
ser humano é diferente, pois cada um traz diferentes experiências de vida e portanto, é emocional,
intelectual e socialmente diferente dos demais.
Saber como as pessoas desenvolvem as ideias e quais são as suas necessidades é fundamental
para a formação de um bom profissional da área de saúde; mas é igualmente fundamental que este
profissional se conheça muito bem. O profissional da área de saúde interage com pessoas diferentes
umas das outras.
A maior dificuldade em lidar com essas pessoas – médicos, enfermeiras, parentes dos doentes e
os próprios pacientes – está em que nunca duas pessoas reagirão de maneira idêntica. Qual a solução
para esse problema? A melhor solução é estar bem consciente da própria maneira de agir, como
pessoa, da reação dos outros às suas iniciativas e continuar a ganhar experiência nesses aspectos.
3.6 - O Paciente Como ser Biopsicossocial
Uma pessoa não pode ou não deve perder sua dignidade e direitos como pessoa porque está
doente. Para May (1977), em Beland e Joyce, o fundamental da Psicologia humanística é compreender
o homem como um ser, ou seja, atingir o aspecto mais íntimo de cada pessoa. E para que possamos
atingir esse aspecto é preciso considerar a pessoa e seu ambiente como uma unidade composta de
fatores interdependentes; é preciso compreender a maneira de pensar, sentir e fazer que o próprio
homem desenvolvesse como parte de seu ambiente e ainda ter consciência de que o bem-estar só é
alcançado quando as necessidades estão sendo supridas satisfatoriamente.
Qualquer doença altera a atuação interpessoal e social do indivíduo e tanto maior será essa
alteração conforme for o valor físico, emocional e intelectual que a doença representa para o paciente
e seus familiares, sem esquecer que o hospital poderá minimizar ou exacerbar tal alteração.
A base da profissão de um profissional da saúde deve ser a crença no valor da pessoa através
do respeito ao atendimento das necessidades básicas do paciente e, para tanto, é imprescindível
identificar seus problemas tendo amplas e atualizados conhecimentos fisiopatológicos e psicossociais,
sem os quais sua atuação será desnecessária e, muitas vezes, prejudicial.
Figura 3.0
Tabela 3.0