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Aparelho Psíquico
2.1 - Consciente, Pré-consciente, Inconsciente
O aparelho psíquico foi estudado por um médico neurologista, utilizando o comportamento
normal e anormal de seus pacientes. Ele foi o fundador da teoria psicanalítica, que é utilizada até hoje
e que foi ponto de partida de outras teorias e estudiosos.
“O ponto de partida dessa investigação é um fato sem paralelo, que desafia toda explicação ou
descrição - o fato da consciência. Não obstante, quando se fale de consciência, sabemos imediatamente
e pela experiência mais pessoal o que se quer dizer com isso” (1940, livro 7, p.30 na ed. bras.)
2.1.1 - Consciente
É somente uma pequena parte da mente, inclui tudo do que estamos cientes num dado momento.
Embora Freud estivesse interessado nos mecanismos da consciência, seu interesse era muito maior
com relação às áreas da consciência menos expostas e exploradas, que denominava pré-consciente
e inconsciente.
2.1.2 - Inconsciente
A premissa inicial de Freud era de que há conexões entre todos os eventos mentais. Quando um
pensamento ou sentimento parece não estar relacionado aos pensamentos e sentimentos que o
precedem, as conexões estão no inconsciente. Uma vez que estes elos inconscientes. Uma vez que
estes elos inconscientes são descobertos, a aparente descontinuidade está resolvida. “Denominamos
um processo psíquico inconsciente, cuja existência somos obrigados a supor - devido a um motivo tal
que inferimos a partir de seus efeitos - mas do qual nada sabemos” (1933, livro 28, p.90 na ed. bras.).
No inconsciente estão elementos instintivos, que nunca foram conscientes e que não são acessíveis
à consciência. Além disso, há material que foi excluído da consciência, censurado e reprimido. Este
material não é esquecido ou perdido, mas não lhe é permitido ser lembrado. O pensamento ou a
memória ainda afetam a consciência, mas apenas indiretamente.
Há uma vivacidade e imediatismo no material inconsciente. Memórias muito antigas quando
liberadas à consciência, não perderam nada de sua força emocional.
“Aprendemos pela experiência que os processos mentais inconscientes são em si mesmos ‘intemporais’.
Isto significa em primeiro lugar que não são ordenados temporalmente, que o tempo de modo algum os
altera, e que a ideia de tempo não lhes pode ser aplicada” (1920, livro 13, pp. 41-42 na ed. bras.).
A maior parte da consciência é inconsciente. Ali estão os principais determinantes da personalidade,
as fontes da energia psíquica, e pulsões ou instintos.
Não há necessidade de caracterizar o que chamamos de “consciente”: é o mesmo que a consciência
dos filósofos e do senso comum (1940, livro 7, p.32, na ed. bras.).
Certas inadequações de nosso funcionamento psíquico e certas ações que são aparentemente
involuntárias demonstram ser bem motivadas quando submetidas à investigação psicanalítica (Freud, 1901).
2.1.3 - Pré-consciente
Estritamente falando, o pré-consciente é uma parte do inconsciente, mas uma parte que pode
tornar-se consciente com facilidade. As porções da memória que são acessíveis fazem parte do pré-
consciente.
Estas podem incluir lembranças de tudo o que você fez ontem, seu segundo nome, todas as ruas
nas quais você morou, a data da conquista da Normandia, seus alimentos prediletos, o cheiro de
folhas de outono queimando, o bolo de aniversário de formato estranho que você teve quando fez 10
anos, e uma grande quantidade de outra.