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Introdução a Poluição Ambiental

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Na absorção pelo pulmão, a substância retida deve passar da fase gasosa para a fase líquida (líquido 

celular, sangue). Por isso não influi na absorção apenas a solubilidade da substância em lipídios, mas 
também sua solubilidade no sangue. Esta combinação de duas propriedades da substância é expressa 
por um ‘coeficiente de solubilidade’, que representa o quociente entre a concentração da substância 
no sangue e a concentração da substância no ar.

Trato digestivo

No trato digestivo, as substâncias não são absorvidas tão rapidamente como nos pulmões. No 

estômago e intestino são absorvidas preferentemente substâncias lipófilas. Substâncias hidrófilas são 
absorvidas com menor facilidade. Além disso, a absorção depende fundamentalmente do grau de 
divisão da substância. Quanto mais finamente dividida a substância estiver ao penetrar no estômago 
e intestino, mais facilmente ela será absorvida (por exemplo, no caso de soluções ou emulsões).

As diferente partes do trato digestivo (cavidade bucal, estômago, intestino delgado, intestino 

grosso, como apresentado na figura 1.4) apresentam certas diferenças na capacidade de absorção; 
por exemplo, a mucosa do estômago pode absorver íons, mas as mucosas da boca e do intestino 
delgado praticamente não os absorvem.

Figura 1.4 – Trato digestivo.

Epiderme

A pele pode ser considerada como o terceiro tecido propício à absorção de substâncias estranhas. 

Através da pele só podem ser absorvidas substâncias lipofílicas. Assim, por exemplo, substâncias 
fenólicas e compostos organo-clorados (por ex., TCDD, ou tetra-cloro-dibenzodioxina) podem ser 
absorvidos diretamente pela pele, desde que atuem sobre a mesma em estado finamente dividido.

Valemos desta propriedade também para fins medicinais e cosméticos, na aplicação externa de 

determinadas substâncias biologicamente ativas dissolvidas em um meio lipofílico que serve de 
veículo para pomadas.

1.4.2 - Possibilidades de atuação fisiológica

A entrada de substâncias estranhas em células vivas não basta para provocar alterações fisiológicas 

(a não ser no caso de substâncias que alteram a pressão osmótica

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, como soluções de cloreto de 

sódio, cloreto de potássio, etc). As substâncias estranhas devem fixar-se em pontos determinados da 
célula, nos quais ocorram processos metabólicos. Supõe-se que proteínas ou complexos de proteínas 
constituem freqüentemente receptores deste tipo.