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Introdução à Mecânica dos Solos
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Em se tratando de solos residuais, é de grande interesse a indicação da rocha-mãe, pois ela condiciona,
entre outras coisas, a própria composição física. Solos residuais de basalto são predominantemente
argilosos, os de gnaisse são siltosos e os granitos apresentam teores aproximadamente iguais de areia
média, silte e argila, etc.
Os solos Residuais podem se subdividir em dois grupos:
Inorgânicos: Proveniente de rochas inorgânicas, cuja característica principal é a predominância
de uma textura bem grudada, isto é possuem partículas em um intervalo grande de diâmetro
“solo bem grudado”.
Orgânicos: Solos formados basicamente por restos de organismos, como animais (marga-
depósito de calcário) como vegetais (turfas, argilas turfosas).
Solos Sedimentares ou transportados: São aqueles originados em um local e transportados
para outro, através de agentes transportadores. Os agentes de transporte são: Vento (solos eólicos);
Água (solos aluvionares); Água dos Oceanos e Mares (Solos Marinhos); Água das Chuvas (Solos Pluviais);
Água dos Rios (Solos Fluviais); Geleiras (Solos Glaciais); Gravidade (Solos Coluvionares).
Solos Eólicos:
Transporte pelo vento. Devido ao atrito os grãos dos solos transportados possuem forma
arredondada. Possuem geralmente textura “partículas” finas e uniformes compreendidas entre areias
grossas e siltes. A ação do vento se restringe ao caso das areias e dos siltes. São exemplos de solos
eólicos as dunas (Barreira) e os solos loéssicos (Vegetais).
Solos Aluvionares:
São resultantes da deposição de partículas em bacias sedimentares, cujo agente principal de
transporte são as águas. A sua textura depende da velocidade de transporte da água. Podem ser
classificados como de origem pluvial, fluvial ou deltaico. Características: Grãos de diversos tamanhos;
Mais grossos que os eólicos; Sem coesão.
Solos Pluviais:
A água das chuvas pode ser retida em vegetais ou construções, podendo se evaporar a partir daí. Ela
pode se infiltrar no solo ou escoar sobre este e, neste caso, a vegetação rasteira funciona como elemento
de fixação da parte superficial do solo ou como um tapete impermeabilizador (para as gramíneas), sendo
um importante elemento de proteção contra a erosão. A água que se infiltra pode carrear grãos finos
através dos poros existentes nos solos grossos, mas este transporte é raro e pouco volumoso, portanto de
pouca relevância em relação à erosão superficial. De muito maior importância é o solo que as águas das
chuvas levam ao escoar de pontos mais elevados no relevo aos vales. Os vales contém rios ou riachos que
serão alimentados não só da água que escoa das escarpas, como também de matéria sólida.
Solos Fluviais:
Os rios durante sua existência têm várias fases. Em áreas de formação geológicas mais recentes,
menos desgastadas, existem irregularidades topográficas muito grandes e por isso os rios têm uma
inclinação maior e consequentemente uma maior velocidade. Existem vários fatores determinantes da
capacidade de erosão e transporte dos rios, sendo a velocidade a mais importante. Assim, os rios mais
jovens transportam mais matéria sólida do que os rios mais velhos. Sabe−se que os rios não possuem
a mesma idade em toda a sua extensão; quanto mais distantes da nascente, menor a inclinação e a
velocidade. As partículas de determinado tamanho passam a ter peso suficiente para se decantar e
permanecer naquele ponto, outras menores só serão depositadas com velocidade também menor. O
transporte fluvial pode ser descrito sumariamente da seguinte forma:
a) Os rios desgastam o relevo em sua parte mais elevada e levam os solos para sua parte mais
baixa, existindo com o tempo uma tendência a planificação do leito. Rios mais velhos têm
portanto menor velocidade e transportam menos.
b) Cada tamanho de grão será depositado em um determinado ponto do rio, correspondente
a uma determinada velocidade, o que leva os solos fluviais a terem uma grande uniformidade
granulométrica. Solos muito finos, como as argilas, permanecerão em suspensão até decantar
em mares ou lagos com água em repouso.