11
Introdução à Mecânica dos Solos
R
E
G -
5
4
9
.86
5
- C
O
PY
R
IG
H
T - B
0
0
1
Intemperismo Químico: É o processo de decomposição da rocha onde os vários processos
químicos alteram solubilizam e depositam os minerais das rochas transformando-a em solo, ou
seja, ocorre a alteração química dos seus componentes. Neste caso há modificação na constituição
mineralógica da rocha, originando solos com características próprias. Este tipo é mais frequente em
climas quentes e úmidos e, portanto muito comum no Brasil.
Os tipos mais comuns são: Hidrólise; Hidratação; Oxidação e Carbonatação.
Hidrólise: É o mais importante, pois leva a destruição dos silicatos.
Hidratação: Penetração da água nos minerais, através de fissuras. A hidratação ocasiona nos
Granitos e Gnaisses a transformação de feldspato em argila.
Carbonatação: O carbonato de cálcio em contato com a água carregada de ácido carbônico se
transforma em bicarbonato de cálcio.
Oxidação: Mudança que sofre um mineral em decorrência da penetração de oxigênio na rocha.
Os vários tipos de intemperismo e a intensidade com que atuam no processo de formação dos
solos dão origem a diferentes tipos de solo.
1.1.2 - Constituição dos Solos
1.1.2.1 - Tamanho e Forma das Partículas
A primeira característica que diferencia os solos é o tamanho das partículas que os compõem. Numa
primeira aproximação, pode-se identificar que alguns solos possuem grãos perceptíveis a olho nu, como
os grãos de pedregulho ou a areia do mar, e que outros têm os grãos tão finos que, quando molhado, se
transformam numa pasta (barro), não podendo se visualizar as partículas individualmente.
Num solo, geralmente convivem partículas de tamanhos diversos. Não é fácil identificar o
tamanho das partículas pelo simples manuseio do solo, porque grãos de areia, por exemplo, podem
estar envoltos por uma grande quantidade de partículas argilosas, finíssimas, ficando com o mesmo
aspecto de uma aglomeração formada exclusivamente por uma grande quantidade destas partículas.
Quando secas, as duas formações são muito semelhantes. Quando úmidas, entretanto, a aglomeração
de partículas argilosas se transforma em uma pasta fina, enquanto a partícula arenosa revestida é
facilmente reconhecida pelo tato.
A textura de um solo é o tamanho relativo e a distribuição das partículas sólidas que formam. O
estudo da textura dos solos é realizado por intermédio do ensaio de granulometria. Pela sua textura
os solos podem ser classificados em solos grossos e solos finos.
Para efeito de terminologia vamos dividir o solo apenas de acordo com a sua granulometria,
baseado na ABNT.
Diferentemente desta terminologia adotada pela ABNT, a separação entre as frações silte e areia
é frequente tomada como 0,075 mm, correspondente à abertura da peneira nº 200, O conjunto de
silte e argila é denominado como a fração de finos do solo, enquanto o conjunto areia e pedregulho
é denominado fração grossa ou grosseira do solo. Por outro lado, a fração argila é considerada, com
frequência, como a fração abaixo do diâmetro de 0,002 mm, que corresponde ao tamanho mais
próximo das partículas de constituição mineralógica dos minerais-argila.
Segundo a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) os limites das frações de solo pelo
tamanho são os da tabela 1.0:
Tabela 1.0 - Classificação dos solos segundo a ABNT.
FRAÇÃO
LIMITES (ABNT)
Matação
de 25 cm a 1 m
Pedra
de 7,6 cm a 25 cm
Pedregulho
de 4,8 mm a 7,6 cm
Areia Grossa
de 2,0 mm a 4,8 mm
Areia média
de 0,42 mm a 2,0 mm
Areia fina
de 0,05 mm a 0,42 mm
Silte
de 0,005 mm a 0,05 mm
Argila
Inferior a 0,005