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Introdução à Mecânica dos Solos

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Intemperismo Químico: É o processo de decomposição da rocha onde os vários processos 

químicos alteram solubilizam e depositam os minerais das rochas transformando-a em solo, ou 
seja, ocorre a alteração química dos seus componentes. Neste caso há modificação na constituição 
mineralógica da rocha, originando solos com características próprias. Este tipo é mais frequente em 
climas quentes e úmidos e, portanto muito comum no Brasil.

Os tipos mais comuns são: Hidrólise; Hidratação; Oxidação e Carbonatação.

Hidrólise: É o mais importante, pois leva a destruição dos silicatos.

Hidratação: Penetração da água nos minerais, através de fissuras. A hidratação ocasiona nos 

Granitos e Gnaisses a transformação de feldspato em argila.

Carbonatação: O carbonato de cálcio em contato com a água carregada de ácido carbônico se 

transforma em bicarbonato de cálcio.

Oxidação: Mudança que sofre um mineral em decorrência da penetração de oxigênio na rocha.

Os vários tipos de intemperismo e a intensidade com que atuam no processo de formação dos 

solos dão origem a diferentes tipos de solo.

1.1.2 - Constituição dos Solos

1.1.2.1 - Tamanho e Forma das Partículas

A primeira característica que diferencia os solos é o tamanho das partículas que os compõem. Numa 

primeira aproximação, pode-se identificar que alguns solos possuem grãos perceptíveis a olho nu, como 
os grãos de pedregulho ou a areia do mar, e que outros têm os grãos tão finos que, quando molhado, se 
transformam numa pasta (barro), não podendo se visualizar as partículas individualmente. 

Num solo, geralmente convivem partículas de tamanhos diversos. Não é fácil identificar o 

tamanho das partículas pelo simples manuseio do solo, porque grãos de areia, por exemplo, podem 
estar envoltos por uma grande quantidade de partículas argilosas, finíssimas, ficando com o mesmo 
aspecto de uma aglomeração formada exclusivamente por uma grande quantidade destas partículas. 
Quando secas, as duas formações são muito semelhantes. Quando úmidas, entretanto, a aglomeração 
de partículas argilosas se transforma em uma pasta fina, enquanto a partícula arenosa revestida é 
facilmente reconhecida pelo tato. 

A textura de um solo é o tamanho relativo e a distribuição das partículas sólidas que formam. O 

estudo da textura dos solos é realizado por intermédio do ensaio de granulometria. Pela sua textura 
os solos podem ser classificados em solos grossos e solos finos. 

Para efeito de terminologia vamos dividir o solo apenas de acordo com a sua granulometria, 

baseado na ABNT.

Diferentemente desta terminologia adotada pela ABNT, a separação entre as frações silte e areia 

é frequente tomada como 0,075 mm, correspondente à abertura da peneira nº 200, O conjunto de 
silte e argila é denominado como a fração de finos do solo, enquanto o conjunto areia e pedregulho 
é denominado fração grossa ou grosseira do solo. Por outro lado, a fração argila é considerada, com 
frequência, como a fração abaixo do diâmetro de 0,002 mm, que corresponde ao tamanho mais 
próximo das partículas de constituição mineralógica dos minerais-argila. 

Segundo a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) os limites das frações de solo pelo 

tamanho são os da tabela 1.0:

Tabela 1.0 - Classificação dos solos segundo a ABNT.

FRAÇÃO

LIMITES (ABNT)

Matação

de 25 cm a 1 m

Pedra

de 7,6 cm a 25 cm

Pedregulho

de 4,8 mm a 7,6 cm

Areia Grossa

de 2,0 mm a 4,8 mm

Areia média

de 0,42 mm a 2,0 mm

Areia fina

de 0,05 mm a 0,42 mm

Silte

de 0,005 mm a 0,05 mm

Argila

Inferior a 0,005