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Microbiologia
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1.2.2.12 - Febre Reumática
É uma doença inflamatória que afeta as articulações e que está relacionada a uma faringoamigdalite
anterior ao processo.
Agente etiológico: inicialmente ocorre infecção, que pode ser uma amigdalite, por
estreptococos, levando a uma reação auto-imune do organismo.
Sinais e sintomas: artrite com dor intensa nas articulações (tornozelos e joelhos), hipertermia,
indisposição e inapetência. Pode haver comprometimento cardíaco (cardite), fraqueza nos
braços e nas pernas, eritema localizado e aparecimento de nódulos subcutâneos.
Modos de transmissão: a doença em si não é contagiosa, mas as infecções por estreptococos sim.
Tratamento: tratar com antibiótico a infecção inicial, anti-inflamatórios, salicilatos.
Medidas Profiláticas (Prevenção): tratamento correto das infecções por estreptococos para
evitar complicações.
1.2.2.13 - Febre Tifóide
“Existem outras febres, geralmente chamadas de malignas, ou, melhor dizendo, pestilentas, que
foram de grande importância entre os anos de 1505 e 1528, quando primeiramente apareceram na
Itália, sendo chamadas de lenticulae ou puncticulae, pois deixavam máculas lenticulares ou máculas
que lembravam a picada de insetos… Essa febre é contagiosa, mas não de forma rápida, nem por
fômites, nem à distância, mas apenas pelas mãos do doente”. Girolamo Fracastoro (1584).
Doença infecto e altamente contagiosa, endêmica em países em desenvolvimento onde as
condições de saneamento básico são inadequadas.
Agente etiológico: Salmonella typhi.
Sinais e sintomas: esplenomegalia, inapetência, dor abdominal, anorexia, hipertermia, tosse
seca, hipertermia, diarréia, êmese, epistaxe, podendo apresentar septicemia e choque séptico.
Modos de transmissão: a via de transmissão é oro fecal através da água (o meio mais
importante de contágio) e alimentos (incluindo leite e derivados) contaminados com fezes e
urina do doente (ou portador). A transmissibilidade é durante todo o período da doença e o
aparecimento dos sintomas surgem em média, em 14 dias. A grande preocupação é com o
portador assintomático.
Tratamento: antibiótico e sulfas. Os doentes que não fizeram o uso de antibiótico como
tratamento, se tornam portadores da bactéria por meses.
Medidas Profiláticas (Prevenção): limpeza com água e sabão, após desinfecção dos objetos
nos quais se depositaram excreções, água de boa qualidade, higiene no manuseio dos
alimentos. Educação em saúde, dando ênfase para a lavagem das mãos principalmente para
aqueles que prestam assistência aos doentes.
1.2.2.14 - Leptospirose
“No Brasil, é uma doença endêmica, tornando-se epidêmica em períodos chuvosos, principalmente
nas capitais e áreas metropolitanas, devido às enchentes associadas à aglomeração populacional de
baixa renda em condições inadequadas de saneamento e à alta infestação de roedores infectados”.
Agente etiológico: gênero Leptospira.
Sinais e sintomas: hipertermia, cefaléia, mialgia, êmese, algia na panturrilha, esplenomegalia,
calafrios, hiperemia conjuntival, icterícia para os casos mais graves.
Modos de transmissão: a bactéria (leptospira) contida na urina de ratos (principal transmissor
da doença), penetra na pele, mucosa da boca, nariz e olhos. Período de incubação é de 7 a 14
dias. Também pode ocorrer através do contato direto com embalagens de produtos que ficam
estocados onde haja a presença de ratos.
Tratamento: hidratação, antibióticos, evitar o uso de antiinflamatórios e acido acetil salicílico.
Nas formas mais graves há necessidade de internação hospitalar.
Medidas Profiláticas (Prevenção): Atenção em áreas de enchentes, limpeza da lama residual
das enchentes (utilizar água sanitária), tratamento do lixo, saneamento básico, vigilância
sanitária de alimentos (atenção ao armazenamento dos alimentos), medidas para controle de
roedores, proteção aos trabalhadores que no decorrer de suas atividades fiquem expostos a
urina de roedores.