1

8

R

E

G - 
5

4

9

.5

0

7

 - C
O

PY
R

IG

H

T - B

0

0

2

Magnetismo

 

1.1 - Introdução

Os gregos já sabiam, há mais de 2000 anos, que certas pedras da região da Magnésia (na Ásia Menor) 

se atraíam e também atraíam pedaços de ferro. Estas pedras são conhecidas hoje como Magnetita. 
As primeiras experiências com o magnetismo referiam-se, principalmente, ao comportamento 
dos ímãs permanentes. Na China, no século Ι a.C., observou-se que um imã suspenso por um fio, 
alinha-se, aproximadamente, na direção norte-sul terrestre. Isto deu origem à Bússola. A bússola é 
simplesmente um ímã permanente em forma de agulha, suspenso no seu centro de gravidade e que 
pode girar livremente sobre um eixo para indicar a direção geográfica norte-sul. O lado da agulha que 
aponta para o norte geográfico convencionou-se chamar de norte magnético. Não se sabe quando 
a bússola foi usada pela primeira vez na navegação, mas existem referências escritas sobre este uso 
que datam do século XII.

Em 1260, o francês Petrus Peregrinus observou que, as extremidades de um imã possuem um 

poder maior de atração pelo ferro: são os pólos magnéticos. Ele também observou que os pólos não 
existem separadamente.

Em 1269, Pierre de Maricourt fez uma importante descoberta ao colocar uma agulha sobre um ímã 

esférico natural em várias posições e marcou as direções de equilíbrio da agulha. Descobriu então 
que as linhas envolviam o ímã, da mesma forma que os meridianos envolviam a Terra, e passavam por 
dois pontos situados sobre as extremidades de um diâmetro da esfera. Em virtude da analogia com 
os meridianos terrestres, estes dois pontos foram denominados os pólos do ímã. Muitos observadores 
verificaram que, qualquer que fosse a forma do ímã, sempre havia dois pólos, um pólo norte e um 
pólo sul, onde a força do ímã era mais intensa. Os pólos de mesmo nome de dois ímãs repeliam-se e 
os de nome oposto atraíam-se. 

Em 1600, William Gilbert, físico e médico da corte da rainha Elisabeth da Inglaterra, descobriu 

a razão de a agulha de uma bússola orientar-se em direções definidas: a própria Terra era um ímã 
permanente. De vez que o pólo norte da agulha da bússola é atraído para o pólo norte geográfico, 
este pólo norte geográfico da Terra é, na realidade, um pólo sul magnético. Os pólos geográficos 
e magnéticos da terra não coincidem exatamente. O ângulo entre eles é chamado de declinação 
magnética. A declinação magnética e a intensidade do campo magnético terrestre variam lentamente 
ao longo dos milhões de anos.

A atração e a repulsão dos pólos magnéticos foram estudadas quantitativamente por John Michell, 

em 1750. Usando uma balança de torção, Michell mostrou que a atração e a repulsão dos pólos de dois 
ímãs tinham igual intensidade e variavam inversamente com o quadrado da distância entre os pólos. Estes 
resultados foram confirmados pouco depois por Coulomb. A lei da força entre dois pólos magnéticos é 
semelhante à que existe entre duas cargas elétricas, mas há uma diferença importante: os pólos magnéticos 
ocorrem sempre aos pares. É impossível isolar um único pólo magnético. Se um ímã for quebrado ao meio, 
aparecem pólos iguais e opostos no ponto de fratura, de modo que se formam dois novos.

Figura 1.0