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Em 1913, Albert Salomon, um médico cirurgião, tornou-se a primeira pessoa a descrever a utilidade 

da radiologia no estudo do câncer de mama. Ele realizou radiografias em mais de 3.000,00 amostras 
de mastectomia e correlacionou o achado radiográfico, macroscópico e microscópico, foi ele também 
que descreveu os achados radiológicos relacionados às microcalcificações.

Até meados dos anos 60 a mamografia era realidade com equipamentos geral de Rx. A incapacidade 

deste equipamento em reproduzir imagens finamente detalhadas e de alto contraste levou Charles 
Gros, um francês a desenvolver o protótipo da primeira unidade destinada à mamografia. Esta unidade 
de raios-x continha inovações: um alvo de molibdênio (preferível ao tungstênio), que proporcionava 
alto contraste em razão do grande efeito fotoelétrico dos raios-x de baixa energia que produzia, em 
um dispositivo cônico de compressão embutido que diminuía a espessura da mama e a imobilizava 
durante a exposição.

Em 1967, uma empresa juntamente com Gros lançou o Senógrafo, a primeira unidade destinada 

exclusivamente à mamografia comercialmente disponível. Entre esses, muitos aspectos foram 
sendo desenvolvido para promover melhorias no rastreamento mamário, por volta dos anos 70, um 
mecanismo de compressão ligado em um pedal para fazer tal compressão.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima em mais de 1 milhão o número de casos novos de 

câncer por ano no mundo. Globalmente, observou-se uma elevação da taxa de detecção de câncer 
mamário ao longo das últimas décadas, acompanhada de redução na taxa de mortalidade em alguns 
países europeus e norte-americanos, o que pode ser explicado pelo emprego da mamografia como 
ferramenta de rastreamento e consequente detecção precoce da neoplasia e também pela melhoria 
e eficácia dos tratamentos curativos. Tais dados não puderam ser constatados no Brasil, onde a 
elevação da incidência de câncer da mama foi acompanhada pela elevação da taxa de mortalidade, a 
qual aumentou em aproximadamente 20% entre 1995 e 2005.

Mulheres consideradas como de alto risco para o câncer da mama possuem elevação dessa taxa 

para mais de 20%. E para que sejam enquadradas nesse perfil, alguns critérios devem ser preenchidos, 
tais como: ter na família três ou mais casos de câncer da mama mais um caso de câncer do ovário em 
qualquer idade; ou mais de três casos de câncer da mama < 50 anos; ou par de irmãs (ou mãe e filha) 
com um dos seguintes critérios (<50 anos): (a) dois casos de câncer da mama; ou (b) dois casos de 
câncer do ovário; ou (c) um caso de câncer da mama mais um caso de câncer do ovário.

Introdução à Mamografia