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Mamografia

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3.10 - A Física da Formação da Imagem

A imagem mamográfica é formada do mesmo modo que a imagem de uma radiografia 

convencional. um feixe de raios X proveniente de uma fonte quase pontual incide sobre a mama 
comprimida e a fração desse feixe que é transmitida através do tecido é registrada em um receptor 
de imagem.

Devido ao espalhamento do feixe de raios X a partir da fonte, as estruturas dentro da mama são 

ampliadas conforme são projetadas no receptor de imagem. A longo de seu caminho através dessas 
estruturas.

Para se obter uma mamografia de alta qualidade diagnóstica, são necessários alguns requisitos 

técnicos básicos, como:

Incluir tanto tecido mamário quanto possível na área da imagem.
Produzir  na imagem  um contraste  adequado  de todas  as partes  da mama, para permitir 
a detecção das diferenças na atenuação do feixe de raios X entre tecidos normais (sadios) e 
diferenciados (doentes).

LEMBRE-SE:

O contraste tem origem na variação da atenuação dos fótons de raios X devido a diferenças 
na composição do tecido mamário e na densidade das massas. Essa  variação  é  afetada  por  
flutuações  aleatórias  no  processo  de  formação  de imagem, que são conhecidas como 
mosqueado ou ruído, o qual prejudica a detectabilidade de estruturas de baixo contraste.

O sistema de imagem deve possuir um intervalo dinâmico adequado para demonstrar essas 
diferenças de contraste na composição e na densidade dos tecidos. Esse intervalo deve ser 
capaz de diferenciar tecidos próximos à borda da mama, onde existe pouca atenuação (ou 
seja, muitos fótons atingindo o receptor de imagem), e também no centro da mama, onde a 
atenuação dos fótons chega a 99% do valor inicial.
Ter resolução espacial suficiente para permitir a visualização de detalhes finos associados com 
sinais de câncer de mama tais como as microcalcificações e as bordas das estruturas finas da 
mama. É desejável a percepção de detalhes estruturais da ordem 

de 150 mm.

 Controlar o nível de flutuações aleatórias (ruído) na imagem,

 

facilitando assim a detecção 

confiável do câncer.
Manter a dose absorvida na mama no menor nível possível, compatível com a realização de 
uma imagem de alta qualidade diagnóstica. Como a mama é sensível à radiação ionizante, 
a qual, para altas doses, é conhecida por induzir câncer da mama, deseja-se empregar o 
menor nível de dose absorvida possível para se atender aos requisitos de uma imagem com 
elevada qualidade diagnóstica. Para se obter uma exposição adequada em um dado receptor 
de imagem, é necessário fazer incidir sobre este um valor específico de energia dos raios X 
transmitidos através da mama, dentro de uma dada área.

Como a atenuação dos raios X diminui com o aumento da energia, a exposição necessária 

para manter a quantidade de fótons (radiação) constante no receptor de imagem irá aumentar (e 
consequentemente a dose) se a energia do feixe (kV) for reduzida para melhorar o contraste da 
imagem.

O equilíbrio entre a qualidade da imagem e a dose absorvida requer conhecimento e 

responsabilidade no estabelecimento das técnicas de exames mamográficos (kV, mAs, combinação 
alvo-filtro e posicionamento da fotocélula).