Capítulo 3

12

R

E

G - 
996

.4

3

7

 - C
O

PY
R

IG

H

T - B

0

0

1

3.4 - Sinais Radiológicos do Câncer da Mama

O exame radiográfico de rotina da mama consiste das projeções (incidências) mediolateral oblíqua 

(MLO) e craniocaudal (CC), conforme mostrado na Figura abaixo

Figura 3.0 - Mamografia nas incidências em MLO e CC.

Os principais sinais radiológicos de uma lesão maligna são as calcificações, os nódulos, as 

assimetrias ou neodensidades e a distorção arquitetural. Alterações secundárias podem ocorrer na 
papila, na pele e nos linfonodos, que devem sempre ser correlacionados com os sinais radiológicos 
primários, com a história clínica e familiar e com os achados no exame clínico da mama.

Entretanto, existe uma zona de sobreposição entre as aparências das calcificações benignas 

e malignas, que em geral só pode ser esclarecida por meio de imagens radiográficas adicionais, 
normalmente por compressão seletiva em ampliação nas duas incidências ortogonais, ou por biópsia.

A biópsia percutânea estereotáxica (core biopsy ou biópsia assistida a vácuo) é a opção disponível, 

de uma maneira geral.

Como as calcificações em geral têm somente décimos de milímetros de diâmetro, é extremamente 

importante ter uma qualidade de imagem excelente, que permita sua identificação e sua adequada 
caracterização.

3.5 - Calcificações

As calcificações são avaliadas de acordo com a sua distribuição (localização e número) e morfologia 

(tamanho, forma e densidade).

Calcificações bilaterais, simétricas ou de distribuição difusa são geralmente benignas, como nas 

alterações fibrocísticas.

Aquelas que se apresentam unilaterais, lineares,  em segmentos ou agrupadas, devem ser objeto 

de atenção.

As calcificações benignas tendem a ser lisas, redondas, definidas, com centro lucente, densas ou 

grosseiras. As amorfas, as indistintas ou as grosseiras heterogêneas, são de importância intermediária 
na suspeição para malignidade e, as com alta suspeição, tendem a ser finas e pleomórficas irregulares, 
lineares ou ramificadas, sendo estas mais relacionadas ao carcinoma ductal in situ.

Figura 3.1 - (a) calcificações pleomórficas finas com distribuição segmentares (altamente suspeitas); (b) calcificações 
lineares lisas difusas também chamadas de calcificações “em palito“ (calcificações benignas); e (c) calcificações em 
paredes de artérias com aspecto em “trilho de trem“ (calcificações benignas).