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Mamografia
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3.3.5 - História Prévia de Câncer de Mama
Mulheres que já desenvolveram um carcinoma mamário possuem maior risco para o
desenvolvimento de um segundo câncer de mama em relação àquelas que não tiveram essa doença
previamente.
3.3.6 - Atipias Proliferativas
Hiperplasias epiteliais atípicas (ductais ou lobulares) aumentam o risco de desenvolvimento de
câncer mamário em cinco vezes. Quando esses achados estão associados a uma história familiar
positiva, em que há histórico de câncer de mama em indivíduos com parentesco de primeiro grau, o
fator de risco aumenta em 11 vezes.
3.3.7 - Exposição à Radiação Ionizante
A energia liberada a partir da radiação ionizante produz radicais livres que podem causar dano
ao DNA. Esse risco está diretamente relacionado à dose de radiação e à idade na qual ocorreu a
exposição. Quanto maior a dose de radiação e menor a idade, maior o risco.
3.3.8 - Outros Fatores de Risco
Alguns fatores parecem contribuir para o desenvolvimento do câncer de mama, embora ainda
não estejam confirmados. Outros são fracamente associados.
Contraceptivos Orais: alguns autores afirmam que estes, quando usados por mais de quatro
anos em mulheres nulíparas, podem aumentar o fator de risco; porém, vários estudos não
conseguiram corroborar essa assertiva.
Terapia de Reposição Hormonal (TRH): é um assunto controverso. Em um estudo prospectivo,
o grupo que usou hormônio aumentou seu risco em 30% quando comparado ao grupo das
não usuárias. Porém, naquelas que o usaram por dez anos, mas de maneira descontinuada, não
houve aumento do grau de risco. Outro estudo demonstrou que, se a reposição hormonal for
utilizada por vários anos, há um aumento no grau de risco para o desenvolvimento do câncer
de mama de 1,3 a 1,9 vezes. Porém, esse autor argumenta que os benefícios para os sistemas
cardiovascular e osteoarticular superam esse discreto aumento. Um grande estudo randomizado
demonstrou que uma fórmula que combine estrogênio com progesterona aumenta o risco
de uma mulher ser diagnosticada com câncer de mama. Alguns autores questionam se essa
combinação de hormônios seria um fator desencadeante do processo de malignidade ou se
na pré-menopausa a obesidade está relacionada a uma diminuição do risco. Especula-se que
esse fato esteja relacionado a um maior número de ciclos anovulatórios. Já na mulher pós-
menopausa há discreto aumento no grau de risco. Sugere-se que isso possa estar relacionado
à conversão de androgênio em estrogênio pelo tecido gorduroso.
Lactação: o benefício da lactação estaria relacionado ao tempo de amamentação, muito
provavelmente, devido ao período anovulatório que pode ocorrer durante esse espaço de
tempo.
Consumo de álcool: muitos estudos demonstraram um pequeno aumento do risco em
mulheres que consomem álcool, mesmo quando apenas uma dose diária é ingerida. A taxa de
risco foi elevada em 1,4 a 1,7 em consumidoras quando comparados a não consumidoras. O
uso de folato foi preconizado para minimizar esse risco.