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3.1 - História do Rastreamento Mamário
Nos últimos cem anos, o ser humano tem sido exposto a uma quantidade cada vez maior de
inúmeros compostos químicos novos resultantes da atividade industrial, amplamente distribuídos no
ambiente e capazes de induzir danos ou lesões no material genético.
O corpo humano contém trilhões de células agrupadas para formar os tecidos, como músculos,
ossos e pele. A maioria das células normais cresce se reproduz e morre. Se esses processos ocorrem
de modo equilibrado e de forma ordenada, o corpo permanece saudável executando suas funções
normais. No entanto, uma célula normal pode tornar-se uma célula alterada e isso ocorre quando o
material genético é danificado.
Material genético: é toda a informação contida nos genes, formados pelo ácido desoxirribonucléico
D.N.A e localizados no núcleo celular. Os genes são responsáveis pela produção de todas as nossas
proteínas, que determinam tudo, isto é, desde a estrutura à função do nosso corpo, bem como o
comportamento e aparência normal das células, além de conferir todas as características físicas únicas
que formam o conjunto de cada indivíduo.
A partir do momento em que uma célula carrega uma lesão em seu material genético D.N. A, ela
passa a ser uma célula alterada, sendo denominada MUTADA. Uma vez alterado o D.N.A, o corpo
consegue, quase sempre, promover o reparo desses danos através de mecanismos que recompõem
as atividades celulares. Com o passar dos anos as alterações que não foram reparadas foram se
acumulando e, eventualmente, podem levar à perda de controle dos processos vitais da célula,
uma vez que a célula sofre mutação não mais obedece aos sinais internos. Deste modo, a célula que
sofreu mutação passa agir independentemente em vez de cooperativamente, dividindo-se de modo
descontrolado, até formar uma massa celular denominada TUMOR.
A mamografia na década de 1990 passou a ser um dos exames radiológicos mais requisitados.
A mamografia é o método mais efetivo de diagnóstico precoce, na atualidade. Segundo Der Shaw,
é a única área da radiologia em que é possível buscar, de modo sistemático, o câncer em estágio ainda
curável. Um exame com alto padrão de qualidade pode visualizar, em 85% a 90% dos casos, um tumor
com mais de dois anos de antecedência de ocorrer acometimento ganglionar, em mulheres com
mais de 50 anos de idade. Sua especificação é de aproximadamente 90% ou mais, sendo, portanto, o
exame “padrão ouro” na detecção precoce no câncer de mama.
De acordo com a literatura, mamografia tem sensibilidade entre 88% e 93,1% e especificidade
entre, e a utilização desse exame como método de rastreamento reduz a mortalidade em 25%.
Em 1992, em virtude da campanha da Sociedade Americana de Cancerologia na qual todas as
mulheres acima de 40 anos devem ser submetidas à mamografia de triagem.
O objetivo da mamografia é produzir imagens detalhadas com alta resolução espacial da estrutura
interna da mama para possibilitar bons resultados diagnóstico.
A diferença radiográfica entre o tecido normal e o tecido doente é extremamente tênue; portanto,
a alta qualidade do exame é indispensável para alcançar uma resolução de alto contraste que permita
essa diferenciação.
Cada componente na formação sequencial da imagem é indispensável para o seu sucesso, desde
o posicionamento do paciente para a aquisição da imagem até a qualidade e estado do negatoscópio.
Para garantir o desempenho da mamografia, a imagem obtida deve ter alta qualidade e, para
tanto, são necessários: equipamento adequado, técnica radiológica correta, conhecimento, prática e
dedicação dos profissionais envolvidos.
Mamografia