Capítulo 1

12

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Observou-se claramente um comportamento semelhante ao da luz. No artigo de Max Von 

Laue, físico alemão, sobre a difração dos raios X, publicado em 1912, ele começa se referindo aos 
experimentos de Barkla.

Este último havia mostrado que, enquanto parte da energia da radiação incidente iria produzir 

radiações características dos espalhadores (os átomos), a outra parte era espalhada sem qualquer 
variação no seu comprimento de onda, exatamente como a luz, que é espalhada pela atmosfera, e é 
responsável pelo azul do céu. Laue argumentava que, quando os raios X passam através de um cristal, 
os átomos tornam-se fontes de ondas secundárias, como as linhas de uma rede de difração, embora 
esses efeitos tenham um padrão mais complexo devido ao arranjo tridimensional dos átomos.

1.5 - Para que Servem os Raios X?

A descoberta dos raios X, em 1895, foi o primeiro resultado de pesquisas no campo da física que 

teve uma grande repercussão no campo científico bem como na sociedade, além de ter proporcionado 
um avanço significativo em outra ciência, a medicina, que imediatamente utilizou seus resultados 
mais práticos para diagnósticos.

No entanto, a utilização indiscriminada dos exames radiológicos e mesmo experiências realizadas 

para saciar a curiosidade que a novidade despertou, desconhecendo as conseqüências biológicas da 
exposição sistemática a este tipo de radiação levaram a alguns efeitos na saúde das pessoas envolvidas.

Apesar da utilização médica dos raios X ser a mais comum na vida do cidadão, existem outras 

utilizações de importância relevantes: verificação de soldas, caracterização de redes cristalinas, além 
de aplicações nos campos da Astrofísica e da Astronomia.

Figura 1.5 - Fonte: www.cbpf.br

O raio catódico foi descoberto por William Crookes usando um dispositivo inventado por ele 

conhecido como tubo de Crookes. Durante suas experiências Crookes deixou acidentalmente algumas 
embalagens contendo chapas fotográficas virgens próximo onde havia instalado o seu tubo rarefeito.

Algum tempo depois, ao usar estas chapas fotográficas verificou que algumas tinham sido 

sensibilizadas. Entretanto, nunca lhe ocorrera que a sensibilização das películas pudesse ser uma 
conseqüência da radiação emanada do tubo rarefeito.

A história da ciência esta repleta de sutilezas, pois da mesma forma que Crookes, outro físico de 

renome Phillip Lenard, não atinou para o fato de investigar por que uma lâmina delgada de alumínio 
revestida com uma película de platinocianeto de bário ficava fluorescente na presença de raios 
catódicos produzidos pelo tubo de Crookes quando em sua proximidade.

Willhelm Conrad Roentgen era engenheiro mecânico onde se formou em 1868 na Escola 

Politécnica de Zurich. Entretanto, apesar de nunca ter freqüentado um curso básico de Física doutora-
se em Filosofia com a tese “Estudo sobre Gases”. Seu grande interesse por experiência sobre mutações 
físicas, o ensino e, a grande habilidade de conduzir pesquisas sobre os raios catódicos aproximou-o 
de outros pesquisadores como: Hertz, Hittorf e Crooks e, com eles desenvolveu experiências que