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História da Radiologia
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1.2 - Novas Conquistas
Desde esta época até os dias de hoje surgiram várias modificações nos aparelhos iniciais,
objetivando reduzir a radiação ionizante usada nos pacientes, pois acima de uma certa quantidade
sabia-se que era prejudicial à saúde. Assim surgiram os tubos de Raios X, diafragmas para reduzir a
quantidade de Raios X e diminuir a radiação secundária que, além de prejudicar o paciente, piorava
a imagem final.
Em Janeiro de 1896 Roentgen realizou a primeira radiografia em público na Sociedade de Física
Médica de Wüzburg. Em Abril desse mesmo ano fez-se a primeira radiografia de um projétil de arma
de fogo no interior do crânio de um paciente, essa radiografia foi feita na Inglaterra pelo Dr. Nelson.
Em 1898, o casal Curie (Pierre e Marie Curie) anunciou, na Academia de Ciências de Paris,
a descoberta do rádio. Naquela mesma época, Madame Curie demonstrava que as radiações,
descobertas por Becquerel (a atividade radioativa dos sais de Urânio) poderiam ser medidas usando
técnicas baseadas no efeito da ionização.
Em Abril de 1896, um relatório médico apresentado no “Medical Record” descreve um caso no
qual um carcinoma gástrico teve uma surpreendente resposta quando irradiado com raios-X.
Em novembro de 1899, Oppenhein descreveu a destruição da sela túrcica por um tumor hipofisário.
Em 1900, Wallace Johnson e Walter Merril publicaram um artigo descrevendo os resultados
positivos obtidos em câncer de pele pela aplicação de raios-X.
Em março de 1911, Hensxhen radiografou o conduto auditivo interno alargado por um tumor do
nervo acústico (VIII par.).
Em novembro de 1912, Lackett e Stenvard descobriram ar nos ventrículos ocasionados por uma
fratura do crânio.
Um neurocirurgião de Baltimore, Dandy, em 1918, desenvolveu a ventriculografia cerebral,
substituindo o líquor por ar. Assim ele trouxe grande contribuição no diagnóstico dos tumores
cerebrais.
Em 1920, iniciaram-se os estudos relativos à aplicação dos raios-X na inspeção de materiais dando
origem à radiologia industrial.
Em julho de 1927, Egaz Moniz desenvolveu a angiografia cerebral pela introdução de contraste
na artéria carótida com punção cervical. Ao apresentar seu trabalho na Sociedade de Neurologia
de Paris, ele disse: “Nós tínhamos conquistado um pouco do desconhecido, aspiração suprema dos
homens que trabalham e lutam no domínio da investigação”.
A evolução dos equipamentos trouxe novos métodos. Assim surgiu a Planigrafia Linear, depois a
Politomografia onde os tubos de Raios X realizavam movimentos complexos enquanto eram emitidos.
No Brasil, Manuel de Abreu desenvolveu a Abreugrafia, um método rápido de cadastramento de
pacientes para se fazer radiografias do tórax, tendo sido reconhecida mundialmente.
Por volta de 1931, J. Licord desenvolveu a mielografia com a introdução de um produto radiopaco
no espaço subaracnóideo lombar.
Irene e Fréderic Joliot Curie, em 1934, descobrem a radioatividade em elementos artificiais
impulsionando as aplicações médicas com a obtenção de isótopos radioativos.
No final da década de 40, surgiu à idéia de usar a tensão alternada para acelerar partículas
carregadas originando, mais tarde, o acelerador de partículas.
Em meados da década de 50, foi construído um LINAC (Linear Acelerator) com a finalidade de
tratar tumores profundos, pelo Stanford Microwave Laboratory, sendo instalado no Stanford Hospital,
localizado em São Francisco – EUA.
Em 1952, desenvolveu-se a técnica da angiografia da artéria vertebral por punção da artéria
femoral na coxa passando um cateter que ia até a região cervical, pela aorta.
Por volta de 1970 através de catéteres para angiografia, começou-se a ocluir os vasos tumorais
surgindo assim a radiologia intervencionista e terapêutica. Assim, nos dias de hoje, usam-se catéteres
que dilatam e desobstruem até coronárias, simplesmente passando-os pela artéria femoral do
paciente, com anestesia local, evitando nesses casos, cirurgias extracorpóreas para desobstrução de
artérias (famosas pontes de safena).