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Introdução a História
da Enfermagem
1.1 - A Evolução Histórica da Assistência à Saúde
1.1.1 - Antiguidade
1.1.1.1 - No período pré-cristão
As doenças eram tidas como um castigo de Deus ou resultavam do poder do demônio. Por isso os
sacerdotes ou feiticeiras acumulavam funções de médicos e enfermeiros. O tratamento consistia em
aplacar as divindades, afastando os maus espíritos por meio de sacrifícios.
Tratamento: massagens, banho de água fria ou quente, purgativos, substâncias provocadoras de
náuseas.
Mais tarde os sacerdotes adquiriam conhecimentos sobre plantas medicinais e passaram a
ensinar pessoas, delegando-lhes funções de enfermeiros e farmacêuticos. Alguns papiros, inscrições,
monumentos, livros de orientações política e religiosas, ruínas de aquedutos e outras descobertas
nos permitem formar uma idéia do tratamento dos doentes.
1.1.1.2 - Os Egípios
Deixaram alguns documentos sobre a medicina conhecida em sua época. As receitas médicas
deviam ser tomadas acompanhadas da recitação de fórmulas religiosas. Pratica-se o hipnotismo, a
interpretação de sonhos; acreditava-se na influência de algumas pessoas sobre a saúde de outras.
Havia ambulatórios gratuitos, onde era recomendada a hospitalidade e o auxílio aos desamparados.
1.1.1.3 - Na Índia
Os hindus conheciam: ligamentos, músculos, nervos, plexos, vasos linfáticos, antídotos para alguns
tipos de envenenamento e o processo digestivo, o que foi comprovado por documentos do século
VI a.C. . Realizavam alguns tipos de procedimentos, tais como: suturas, amputações, trepanações e
corrigiam fraturas. Neste aspecto o budismo contribui para o desenvolvimento da enfermagem e
da medicina. Os hindus tornaram-se conhecidos pela construção de hospitais. Foram os únicos, na
época, que citaram enfermeiros e exigiam deles qualidades morais e conhecimentos científicos. Nos
hospitais eram usados músicos e narradores de histórias para distrair os pacientes. O bramanismo fez
decair a medicina e a enfermagem, pelo exagerado respeito ao corpo humano - proibia a dissecação
de cadáveres e o derramamento de sangue. As doenças eram consideradas castigo.
1.1.1.4 - Entre os assírios e babilônios
Existiam penalidades para médicos incompetentes, tais como: amputação das mãos, indenização,
etc. A medicina era baseada na magia - acreditava-se que sete demônios eram os causadores das
doenças. Os sacerdotes-médicos vendiam talismãs com orações usadas contra ataques dos demônios.
Nos documentos assírios e babilônicos não há menção de hospitais, nem de enfermeiros. Conheciam
a lepra e sua cura dependia de milagres de Deus, como no episódio bíblico do banho no rio Jordão.
“Vai, lava-te sete vezes no Rio Jordão e tua carne ficará limpa”.(II Reis: 5, 10-11)
1.1.1.5 - Os Chineses
Eram cuidados por sacerdotes. As doenças eram classificadas da seguinte maneira: benignas,
médias e graves. Os sacerdotes eram divididos em três categorias que correspondiam ao grau da
doença da qual se ocupava. Os templos eram rodeados de plantas medicinais. Os chineses conheciam
algumas doenças: varíola e sífilis. Procedimentos: operações de lábio. Tratamento: anemias, indicavam
ferro e fígado; doenças da pele, aplicavam o arsênico. Anestesia: ópio. Construíram alguns hospitais de
isolamento e casas de repouso. A cirurgia não evoluiu devido a proibição da dissecação de cadáveres.