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Reconhecimento de Agentes Químicos

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Quanto mais tempo o s aerodispersóides permanecem no ar, maior é a chance de ser inalado pelo 

trabalhador e de produzir nele intoxicações.

As partículas sólidas de maior risco são aquelas com menos de 5μm, visíveis apenas ao microscópio. 

Estas constituem a chamada fração respirável, já que podem ingressar pela inalação, até os pulmões.

As partículas sólidas com mais de 5μm são retidas no aparelho respiratório superior ou nos cílios 

da traquéia; são chamadas partículas incômodas. As com menos de 0,5μm são re-exaladas pelos 
pulmões ao exterior.

Os aerodispersóides líquidos, que podem ser formados por uma substância pura, uma solução 

ou uma suspensão. Neste caso, deve-se ter presente que a inalação de uma partícula líquida pode 
significar uma evaporação posterior e produzir ao nível dos alvéolos pulmonares uma concentração 
elevada de vapores, com a consequente possibilidade de passar ao sangue e ao resto do organismo.

Fumos

Os fumos como já foram definidos são partículas sólidas formadas em processo de combustão, 

condensação e solidificação de materiais comumente sólidos, tais como, fusão de metais e a 
combustão da madeira.

Para a Higiene Industrial, os fumos de maior interesse são os metálicos. A maioria dos metais e seus 

compostos utilizados em qualquer processo industrial apresentam alguns riscos. Os mais importantes 
são: Chumbo, Arsênico, Cromo Manganês, Antimônio, Estanho, Cobre, Níquel, Zinco, Cádmio, Selênio, 
Ferro a seus compostos.

Entre os fumos metálicos de maior toxidade, distinguem-se os de chumbo, que produz uma 

doença ocupacional chamada saturnismo, o mercúrio e o manganês, este último também de muita 
importância em forma de poeira, que veremos com mais destaques posteriormente.

Alguns fumos metálicos possuem limite de tolerância estabelecido pela legislação brasileira, 

porém, para a maioria deles, temos que recorrer a normas internacionais. Como na tabela anexa.

Poeiras

O pó esta constituído por partículas geradas mecanicamente, e resultante de operações, tais 

como, moenda, perfuração, explosões e manuseios de minérios, limpeza abrasiva, corte e polimento 
de granito etc.

O tamanho das partículas poeiras podem variar bastante, geralmente entre 0,5μm a 100 ou 200μm 

(μm = Mícron = 1/1000 mm).

Devemos ter em mente que aquelas partículas de tamanho inferior a 5μm são de maior 

importância, as que oferecem maior risco por constituírem a chamada fração respirável. As de maior 
tamanho, sedimentam e não são comumente inaladas.

Classificação das Poeiras

As poeiras podem ser classificadas em: poeiras orgânicas, na sua maioria poeiras vegetais, e 

poeiras inorgânicas.

a) Poeira Orgânica

Entre os pós-orgânicos podemos distinguir dois tipos:

a1) - os que podem produzir doenças bronco pulmonares crônicas, tais como os do algodão, de 
agave (sisal) e de bagaço de cana-de-açúcar;

a2) - Poeiras que podem produzir alergias, asma ou dermatoses, tais como as de semente de 
rícino, de amido e de tabaco.

Os trabalhadores expostos ao pó de algodão e de agave podem adquirir urna doença chamada 

bissinose. As primeiras manifestações podem ser notadas depois de vários anos de exposição à 
poeira, podendo apresentar no começo, problemas respiratórios leves e urna opressão no peito. Se 
o trabalhador é afastado da exposição ao pó, no inicio da doença, recupera-se totalmente. Nos casos 
avançados, pode produzir uma incapacidade pulmonar permanente.

O bagaço é um material fibroso que fica como resíduo depois de se espremer a cana-de-açúcar. 

A inalação do pó de bagaço seco causa uma doença chamada bagaçose. Depois de um certo tempo 
de exposição, manifestam-se os sintomas, tais como, febre e dificuldade respiratória, sendo que em 
estado avançado, a doença se torna crônica.