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Distribuição

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9

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0

2

Sistema de distribuição

Existe na prática um número razoável de situações diversas na distribuição física de produtos, 

contudo, podemos resumi-las em duas configurações básicas: 

Distribuição “um para um”: nessa configuração, o veículo é carregado totalmente no depósito 
da fábrica ou em um CD do varejista e transporta a carga (lotação completa) para outro destino, 
podendo ser outro CD, loja ou outra instalação qualquer. 
Distribuição “um para muitos” ou compartilhada: tem-se nessa configuração o veículo 
carregado no CD do varejista com mercadorias destinadas a diversas lojas ou clientes e executa 
um roteiro de entregas predeterminado.

A importância do varejo na distribuição 

Existem diversas maneiras de um consumidor tomar a decisão de compra de um bem ou serviço. 

A disponibilidade do produto no ponto de venda (PDV) pode ser uma delas. Colocar um produto no 
lugar certo, no momento em que o consumidor resolve comprá-lo, envolve uma série de processos 
que se inicia com a extração ou obtenção da matéria-prima, passa por sistemas de manufatura que 
transformam esta matéria-prima em produto acabado, e termina quando este é adquirido pelo 
consumidor no PDV. Todos esses processos formam as cadeias de abastecimento e distribuição.

A distribuição pode ser vista de duas formas: antes e depois da manufatura. A primeira pode 

ser chamada de logística de suprimento e a segunda como logística de distribuição ou canal de 
distribuição.

Distribuição física e canal de distribuição

A distribuição física na prática é analisada sob diferente perspectiva funcional pela logística e, 

também, pela área de marketing e/ou de vendas. Pelo lado da logística, temos a distribuição física, 
pela qual processos e controles permitem transferir produtos desde o ponto de fabricação até o 
ponto em que a mercadoria é finalmente entregue ao consumidor. Em geral, esse ponto final da 
distribuição física é a loja de varejo. Nesses processos, existe a necessidade de operar elementos, 
tais como depósitos, armazéns ou centros de distribuição, veículos de transporte, estoques, 
equipamentos de carga e descarga, entre outros. Já na visão da área de marketing e/ou comercial, 
tem-se a cadeia de suprimentos focando mais nos aspectos ligados à comercialização dos produtos, 
ou seja, a transferência de propriedade e os serviços a ela associados. Para tal, a grande maioria dos 
produtos comercializados chegam às mãos dos consumidores através de intermediários, entre eles o 
atacadista, distribuidor e varejo. Sob esse enfoque, um canal de distribuição representa a sequência 
de organizações ou empresas que vão transferindo a posse de um produto desde o fabricante até o 
consumidor final. Visando as práticas e objetivos de uma SCM, esta deve ser constituída por canais de 
distribuição, que constituem conjuntos de organizações interdependentes envolvidas no processo de 
tornar o produto disponível para uso ou consumo.

As atividades logísticas relacionadas à distribuição física são definidas a partir da estrutura 

planejada para os canais de distribuição. Portanto, uma vez definidos os canais de distribuição, pode-
se identificar e planejar os deslocamentos físicos aos quais os produtos serão submetidos, detalhando, 
a partir desta a análise, o sistema de distribuição que terá como componentes armazéns, centros de 
distribuição, estoques, meios de transporte e serviços complementares.

Gestão da distribuição física 

Podemos definir a gestão como a ciência e arte de tomar a decisões. A ciência nos fornecerá os 

modelos, métodos, estudos, propostas, pesquisas, dados e informações. Já a arte é o domínio do 
conhecimento, isto é, da ciência.

O sistema de distribuição deve ser gerenciado em três níveis: 

Estratégico: tende a tomar decisões de grande impacto na organização do sistema de 
distribuição, tais como: localização dos armazéns, seleção dos modos ou modais de transporte 
e o projeto do sistema de processamento de pedidos. Neste nível, deve responder ao 
questionamento: como deve ser o nosso sistema de distribuição? 
Tático: visa um planejamento de curto prazo em decisões eficientes de investimentos sobre 
alguma parte do seu sistema de distribuição, tais como frota, armazéns, dispositivos para 
transmissão de pedidos ou equipamentos de manuseio. Neste nível, deve-se ter respostas 
para o seguinte questionamento: como o sistema de distribuição pode ser utilizado da melhor 
maneira possível?  

Figura 2.2