Capítulo 2

14

R

E

G - 
5

4

9

.80
5

 - C
O

PY
R

IG

H

T - B

0

0

2

A definição acima entende que, mais que ter bons produtos com preços justos e promoções 

adequadas, a busca pela satisfação dos clientes deve levar em consideração a comodidade e a 
conveniência, para encontrar estes produtos no lugar certo e no momento que for manifestado 
o interesse pela compra pelo consumidor. Cumprir esta etapa final envolve todo um aporte de 
operações de logística de distribuição que, para um país igual ao Brasil, de dimensões continentais, 
envolve operações de considerável nível de complexidade, exigindo, então, um bom planejamento e 
excelente nível de controle nas diversas etapas do processo.

Figura 2.1 - Atividades do ciclo básico de atividades da distribuição física. Fonte: BOWERSOX, Donald J; CLOSS, David J. 
Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2001, p.57

Distribuição física e produtos: conceitos, práticas e objetivos

Entende-se por distribuição o fluxo de bens e/ou serviços de um produtor a um consumidor ou 

usuário final, tendo como objetivo fazer com que este chegue ao ciclo de venda de maneira rápida, 
segura, pontual e lucrativa para a empresa vendedora, e de forma acessível, confiável, pontual e 
segura para o consumidor.

O processo de distribuição tem sido foco permanente das organizações uma vez que os custos nele 

existentes podem ser elevados e as oportunidades são muitas. Novos conceitos de distribuição estão 
sendo discutidos a fim de obter vantagens competitivas visando colocar os produtos, principalmente 
bens de consumo, ao alcance dos clientes.

Distribuição física é o ramo da logística empresarial que trata da movimentação, estocagem e 

processamento de pedidos dos produtos finais de uma organização. Costuma ser a atividade mais 
importante em termos de custo para a maioria das empresas, pois absorve cerca de dois terços 
dos custos logísticos. A distribuição física preocupa-se principalmente com bens acabados ou 
semiacabados, ou seja, mercadorias que a empresa oferece para vender. Desde o momento em que 
a produção é finalizada até o momento no qual o comprador toma posse dela, as mercadorias são 
de responsabilidade da logística, que deve mantê-las (preservá-las) e transportá-las até armazéns 
locais ou diretamente ao cliente final. O profissional de logística deve preocupar-se em garantir a 
disponibilidade dos produtos requeridos pelos clientes à medida que eles desejem e se isso pode ser 
feito a um custo razoável. Nesse sentido, são muitas as considerações a serem feitas.

O objetivo geral da distribuição física, como meta ideal, é o de levar os produtos certos para os 

lugares certos, no momento certo e com nível de serviço desejado, pelo menor custo possível. Isto 
implica na gestão eficiente dos meios ou modais de transporte, sistemas de armazenagem e estoque. 
Essa missão tem bases no conceito de valor agregado. Neste sentido, podemos considerar que a 
distribuição física é responsável por: 

Equilíbrio entre a oferta e a demanda; 
Manutenção de um fluxo contínuo de escoamento, de forma a preservar a imagem e 
credibilidade do produto, produtor e canal de distribuição; 
Manutenção do produto em perfeitas condições durante todo o tempo necessário à sua 
comercialização; 
Dificultar a concorrência através do planejamento para exploração de novos mercados. 

Neste sentido, o projeto de distribuição física é definido por fatores como: localização geográfica 

do mercado consumidor; quantidade de clientes, números e volume de pedidos; características e 
variedades de itens fornecidos.