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A Evolução da Ideologia da Qualidade: História
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no enorme número de produtos defeituosos sucateados. Já o controle estatístico do processo inicia a
preocupação de detecção das causas dos defeitos e prevenção.
Passada a Guerra, o grande déficit de produtos civis fez com que o final da década de 40 fosse
marcada pela ênfase nos prazos de entrega, em detrimento da qualidade, sendo a própria utilização
dos métodos estatísticos suspensa em diversas empresas.
Com o enfoque sistêmico, a questão da qualidade passa a abranger a empresa como um todo,
tratando de aspectos técnicos, administrativos, organizacionais, e a depender não só da engenharia
e da estatística, mas também de ciências tais como psicologia, sociologia, educação, economia,
informática, ciências jurídicas, e outros - MESEGUER (1982)
A visão sistêmica, bastante integrada e voltada para o todo, veio de encontro com o que Juran
chama de “vida além dos diques da qualidade”, ou seja, uma preocupação crescente da sociedade, a
partir do pós-guerra, com a segurança e confiabilidade dos produtos, exigindo maiores garantias e
responsabilidades - JURAN; GRYNA (1991).
Estes conceitos passam a ser utilizados principalmente em indústrias de elevada complexidade,
que dependem de um grande número de fornecedores. Com o surgimento das usinas nucleares
na década de 50, foi desenvolvido o conceito de Garantia da Qualidade, exigindo das empresas
fornecedoras a utilização de igualmente rígidos conceitos. Para tanto diversas normas foram
desenvolvidas, estabelecendo-se os requisitos a serem atendidos pelos fornecedores.
Garantia da Qualidade: consiste em todas as atividades planejadas e sistemáticas que são
implementadas dentro do sistema de qualidade buscando assegurar que o projeto irá satisfazer os
padrões relevantes de qualidade. Ela deve ser realizada durante todo o projeto.
Principais ações da garantia da qualidade.
A Priori: organização de medidas (planejamento, prevenção);
Durante a implementação: “controle do controle” (procedimentos para garantir que os
controles planejados estão sendo realizados);
A Posteriore: demonstração de que todos os procedimentos estão e foram postos em prática
(documentação).
1.7 - Enfoque Japonês
Figura 1.10
A partir do esforço de reconstrução do pós-guerra, a indústria japonesa surpreende o ocidente,
ganhando liderança em diversos setores, fortemente ligados a qualidade, que se torna estratégia nacional
de sobrevivência e competitividade. Enquanto que antes da II Guerra predominava a visão de que
os produtos japoneses eram baratos e ruins, a partir da década de 60 o Japão passa a ser modelo em
gerenciamento da qualidade. Surge no Japão alguns autores de impotência (Ishikawa, Kondo, Kusaba,
Mizumo, etc.), que propõem distinções do enfoque ocidental, e batizam-no de Controle de Qualidade
por Toda a Empresa, também conhecido no Brasil por CQAE - Controle de Qualidade Amplo Empresarial).
Observa-se que no Japão utiliza-se como sinônimos as siglas CWQC e TQC - ISHIKAWA (1986).
Figura 1.9