Capítulo 2
14
R
E
G -
2
4
3.
15
4
- C
O
PY
R
IG
H
T - B
0
0
1
2.4 - Princípio 4: As Pessoas Reagem a Incentivos
Por vezes, as pessoas são influenciadas na sua tomada de decisões, que, ao compararem custos e
benefícios, podem alterar o seu comportamento em função da alteração desses custos e benefícios.
É de notar que, a própria forma como a economia formula custo e beneficio, implica diretamente
uma decisão. Beneficio é a utilidade do que se escolheu, e Custo é a utilidade do que se escolheria
se aquilo que se escolheu não existisse. A escolha, sendo o objeto central da ciência, vai influenciar a
forma de encarar estes elementos básicos.
Um exemplo que é do conhecimento de todos, é o efeito do preço sobre o comportamento dos
compradores e dos vendedores em um mercado. Ora, se um preço de um bem abaixa, influencia o
consumo dos compradores e a uma maior produtividade pela parte dos produtores.
Também na política se podem encontrar diversos tipos de incentivos, pois com alteração de leis,
por exemplo, vai haver alteração de custos e benefícios para as pessoas, que alteram, portanto o seu
comportamento.
2.5 - Princípio 5: O Comércio Pode ser Bom para Todos
O comércio é desde há muitos anos o motor principal da nossa economia. Ao comercializarmos
uns com os outros, podemos obter uma gama mais vasta de Bens e Serviços a um custo menor.
A economia atual é baseada na especialização e na divisão do trabalho, que aumenta a
produtividade dos seus recursos.
A especialização, desta forma, faz com que as pessoas e os países concentrem os seus esforços
em uma determinada tarefa - o que permite a cada pessoa e a cada país usar com vantagem as
suas capacidades ou os seus recursos específicos. É muito mais vantajoso estabelecer uma divisão,
dividindo a produção em pequenas etapas ou tarefas especializadas, em vez de toda gente fazer
tudo, mas de forma medíocre.
2.6 - Princípio 6: Os Mercados são Geralmente uma boa
Maneira de Organizar a Atividade Econômica
Em uma economia de mercado, considera-se um sistema econômico moderno, que, como Adam
Smith descreveu, é baseado na liberdade de iniciativa e no sistema de preços, lucros, prejuízos e
incentivos. No seu livro de 1776, em A riqueza das nações, referiu ainda a existência de uma “mão
invisível”, responsável por resultados favoráveis no mercado, onde os participantes da economia,
sendo motivados pelos seus próprios interesses, conduzem a um bem estar econômico da sociedade
em geral. Desta forma, é conseguida a situação mais racional e que cria o melhor bem-estar, ao qual
chamamos mercado eficiente.
As decisões do planejador central são substituídas, desta forma, pelas decisões de milhões de
empresas e famílias em que as primeiras decidem quem contratar e o que produzir e as segundas
onde trabalharem e o que comprar com os seus rendimentos.
Elas interagem no mercado, em que os preços e o interesse próprio guiam as suas decisões. Note-
se que, ao falarmos em mercado, estamos a falar em um arranjo pelo qual compradores e vendedores
de um bem interagem para determinar o preço e a quantidade transacionada. O preço é, assim, o
elemento mais delicado e sensível do sistema econômico.
Pode-se dizer então, que, a abertura dos mercados é, hoje, a melhor forma de desenvolver a
economia de um país e mundial. E, ao mesmo tempo, eliminar o fosso entre os países ricos e os países
pobres, orientais ou outros. Permitir que todos vendam o seu produto livremente é uma oportunidade
excelente que se apresenta ao progresso mundial.
Quem foi Adam Smith?
Adam Smith foi um filósofo e economista escocês. Teve como cenário para a sua vida o atribulado
século das Luzes, o século XVIII. É o pai da economia moderna, e é considerado o mais importante
teórico do liberalismo econômico.
Figura 2.0 - Adam Smith