Capítulo 2

12

R

E

G - 
5

4

9

.4

7

6

 - C
O

PY
R

IG

H

T - B

0

0

1

Os Capacitores são componentes que, embora não conduzam corrente elétrica entre seus 

terminais são capazes de armazenar certa corrente, que será “descarregada” assim que não houver 
resistência entre seus terminais. 

Quanto à sua aparência externa, podem variar de acordo com a voltagem máxima, capacitância e 

disposição de seus terminais: Podem ser do tipo axial, com um terminal em cada extremidade, ou, do 
tipo radial, com os dois terminais na mesma extremidade. Classificam-se em vários tipos, de acordo 
com o uso pretendido. Existem os eletrolíticos que são os mais comuns. Cerâmicos também são 
encontrados com relativa facilidade, embora existam outros tipos usados em casos específicos, como 
os de tântalo e os de alumínio. A sua capacitância é medida em farads. Dependendo do caso, pode ser 
medida em microfarads, nanofarads ou picofarads, para capacitâncias menores. 

São úteis para manter estável, por exemplo uma corrente alternada, como um sinal de áudio ou 

então servem de filtro de baixa (por isso a sua utilização em fontes de alimentação). Basicamente os 
condensadores são formados por duas placas condutoras separadas por um material dielétrico não 
condutor. Sua capacitância é diretamente proporcional ao tamanho de suas placas e inversamente 
proporcional a distância entre elas. 

A energia armazenada em um capacitor é expressa em Joules, sendo calculada dividindo-se sua 

capacitância por dois e depois multiplicando-a pelo quadrado da voltagem entre as placas.

W = C/2 . V² 

Na associação paralela de capacitores, a capacidade total será a soma de todas as capacidades. 

Na associação em série, o inverso da capacidade total será igual ao inverso da soma das capacidades 
aplicadas. A voltagem limite de um capacitor deve ser respeitada, a fim de que não haja uma perfuração 
no dielétrico, causando o estrago do componente. Outro fator a ser observado é a polaridade dos 
terminais, que não devem ser invertidos no caso dos eletrolíticos.

2.3 - Tipos de Capacitores

Alguns capacitores, apresentam uma codificação que é um pouco estranha para os técnicos 

experientes, e muito difícil de compreender, para o técnico novato. Observe a figura 2.1.

O valor do capacitor,”B”, é de 3300 pF (Picofarad = x 10

-12

 F) ou 3,3 nF (Nanofarad = x10

-9

 F) ou 

0,033 μF (Microfarad = x 10

-6

 F). No capacitor “A”, devemos acrescentar mais 4 zeros após ao 1ª e 2ª 

algarismo. O valor do capacitor, que se lê 104, é de 100000 pF ou 100 nF ou 0,1 μF. 

Capacitores usando letras em seus valores (Figura 2.2).

O desenho ao lado, mostra capacitores que tem os seus valores, impressos em nanofarad (nF) = 10

-9 

F. Quando aparece no capacitor uma letra “n” minúscula, como um dos tipos apresentados ao lado por 
exemplo: 3n3, significa que este capacitor é de 3,3 nF. No exemplo, o “n” minúsculo é colocado ao meio 
dos números, apenas para economizar uma vírgula e evitar erro de interpretação de seu valor. 

Multiplicando-se 3,3 por x10

-9

 = (0,000.000.001), teremos 0,000.000.003.3 F. Para se transformar 

este valor em microfarad, devemos dividir por 10

-6

 = (0,000.001), que será igual a 0,0033 μF. Para 

voltarmos ao valor em nF, devemos pegar 0,000.000.003.3 F e dividir por 10

-9

 = (0,000.000.001), o 

resultado é 3,3 nF ou 3n3F.

Para transformar em picofarad, pegamos 0,000.000.003.3 F e dividimos por x 10

-12

, resultando 3300 pF. 

Alguns fabricantes fazem capacitores com formatos e valores impressos como os apresentados abaixo. O 
nosso exemplo, de 3300 pF, é o primeiro da fila (Figura 2.3).

Note nos capacitores seguintes, envolvidos com um círculo azul, o aparecimento de uma letra 

maiúscula ao lado dos números. Esta letra refere-se a tolerância do capacitor, ou seja, o quanto que o 
capacitor pode variar de seu valor em uma temperatura padrão de 25° C. A letra “J” significa que este 
capacitor pode variar até mais ou menos 5% de seu valor, a letra “K” = mais ou menos 10% ou “M” = 
mais ou menos 20%. Segue na tabela abaixo, os códigos de tolerâncias de capacitância.

Figura 2.1 

Figura 2.2 

Figura 2.3