Capítulo 1
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Além disso, a menor agressão ao meio ambiente, o menor nível de ruído dos sistemas que utilizam
as fontes renováveis, além de seu maior tempo de vida útil, são fatores que devem ser considerados
na escolha da fonte de energia e da tecnologia utilizada.
Fontes Renováveis
Consideram-se fontes renováveis de energia aquelas que apresentam taxas de reposição equivalentes
às de sua utilização, podendo essa reposição ocorrer naturalmente ou artificialmente. Como exemplos
das renováveis naturalmente podem ser citadas as fontes solar, eólica, hídrica, e a biomassa natural.
As renováveis artificialmente são representadas pela biomassa plantada e pelos resíduos gerados nas
indústrias e demais processos controlados pelo ser humano, inclusive o lixo.
Considerada a definição de fonte renovável do parágrafo anterior, deve ter em mente que fontes
como a biomassa natural só podem ser consideradas renováveis se houver o seu correto manejo. Caso
contrário, elas serão não renováveis.
As fontes renováveis estão disponíveis em abundância no território brasileiro e dentre as que
oferecem maior potencial para exploração estão: a radiação solar, o vento, a água e a biomassa com
suas diversas formas de utilização. As características geográficas do Brasil, com grande número de
pequenos núcleos habitacionais isolados, favorecem um estudo detalhado da competitividade dessas
fontes com aquelas não renováveis. O amadurecimento das tecnologias para sistemas eólicos, solar-
fotovoltaicos e de biomassa certamente torna atrativo o uso dessas fontes em aplicações específicas
e em operações integradas com outras tecnologias.
O uso exclusivo das fontes renováveis para solução definitiva dos problemas de energia é uma
opção ainda remota; entretanto, o desenvolvimento de novas tecnologias para melhor aproveitamento
desses recursos e a integração com outras formas de energia podem, sem dúvida alguma, minimizar
a dependência brasileira e mundial de fontes não-renováveis de energia, além de contribuir para a
preservação do meio ambiente.
Não se pode, entretanto, excluir a possibilidade de uso das energias renováveis, ainda que com
custos de implantação elevados, como é o caso dos sistemas eólicos e os fotovoltaicos, sem considerar
os benefícios sociais e ambientais atrelados a ele.
1.2.3 - Impactos Ambientais
Todos os tipos de aproveitamento energético conhecidos causam, de uma forma ou de outra,
algum impacto ambiental, que deve ser considerado quando da escolha do tipo de aproveitamento e
de sua implantação. A alteração da paisagem é basicamente comum a todos eles.
O aproveitamento do gás natural provoca a liberação de gases de combustão e de calor à atmosfera.
Existem também os riscos de vazamento e explosão no armazenamento e durante o transporte.
As centrais hidrelétricas podem resultar em alterações importantes como a obstrução que a
barragem apresenta à passagem de nutrientes e organismos vivos, a perda de terras férteis, de tipos
vegetais, de reservas minerais, além de modificações na paisagem e de alterações nas atividades
sócio-econômicas das populações.
Os derivados do petróleo liberam para a atmosfera calor e produtos de combustão (gases tóxicos,
poeira, compostos orgânicos, etc.) e apresentam riscos de vazamento e explosão.
A energia nuclear produz rejeitos radiativos de difícil eliminação, além de apresentar riscos de
acidentes graves.
A biomassa causa a emissão de sólidos em suspensão e de gases quentes, nocivos à atmosfera.
A energia eólica causa pequenos impactos visuais e sonoros, interferência eletromagnética, morte
e alterações da rota migratória de pássaros.
No caso da energia solar os impactos podem ser considerados de menor escala ainda. Os visuais
vêm sendo contornados com o surgimento de tecnologias que integram os equipamentos de geração
às edificações. Outros impactos considerados, como os ocasionados no processo de fabricação de
células fotovoltaicas, são praticamente desprezíveis.
Figura 1.0
Tabela 1.0