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Introdução às Energias Renováveis

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A energia hidráulica é a energia cinética ou potencial das águas. Seu aproveitamento estende-se 

de épocas remotas, na forma de rodas d’água, até os dias de hoje, na forma de centrais hidrelétricas 
de diversos portes.

As formas mais comuns de aproveitamento dos recursos hídricos são as hidrelétricas de grande 

porte, que visam atender grandes centros e indústrias. Elas fazem uso de altas quedas e volumosos 
cursos d’água, de grandes estruturas na forma de barragens, e requerem frequentemente a alteração 
do fluxo dos rios e a formação de grandes lagos artificiais. Essa forma de geração de energia é a 
principal na matriz energética brasileira.

As pequenas centrais hidrelétricas, que destinam-se ao atendimento de pequenos consumidores, 

como comunidades rurais e fazendas isoladas, necessitam para seu funcionamento de pequenos 
desníveis em pequenos cursos d’água e obras civis de pequeno ou médio porte.

As rodas d’água são também uma boa opção quando se trata de pequenos aproveitamentos, 

exigindo apenas pequenos desníveis em pequenos cursos d’água.

A energia nuclear é produzida nas reações nucleares (comumente a fissão nuclear) e origina-se 

da transformação de parte da massa das partículas reagentes em energia. Como exemplos têm-se os 
reatores nucleares.

Dentre as diversas formas de aproveitamento da biomassa encontram-se os gaseificadores, que 

produzem gás combustível (gás pobre) a partir da biomassa de resíduos (lixo urbano, cascas de 
grãos, resíduos de serrarias, bagaço de cana, etc.). Bastante comuns são também os biodigestores, 
que produzem o biogás sem a presença de oxigênio, a partir de vegetais aquáticos (aguapés, algas, 
etc.), resíduos rurais (cascas de grãos, capim, esterco animal), resíduos urbanos e resíduos industriais, 
produzindo ainda como subproduto o biofertilizante.

Também os diversos tipos de fornos, que transformam madeira em carvão vegetal, ou utilizam-se 

da queima direta de lenha são exemplos do aproveitamento da biomassa como fonte energética.

Finalmente, a energia elétrica pode ser obtida a partir de qualquer outra forma de energia, através 

de processos de transformação diretos ou indiretos.

A produção ou transformação de energia elétrica é realizada através do uso de algum tipo de 

fonte de energia, primária ou secundária. As fontes primárias são aquelas encontradas diretamente na 
natureza e as secundárias são as obtidas por processos de transformação das primárias. As fontes de 
energia podem também ser classificadas em renováveis ou não renováveis, podendo ser as primeiras 
ainda de caráter natural – independente da ação do ser humano - ou artificial – dependente deste.

Fontes Não-Renováveis

O petróleo, o carvão mineral, o gás natural e o xisto betuminoso são exemplos de fontes não-

renováveis de energia, porque não são produzidos à mesma taxa em que são consumidos e, por essa 
razão, se continuarem a ser utilizados nas taxas atuais, terão seus estoques esgotados em um período 
mais ou menos curto.

A abundância dessas fontes na natureza e a relativa praticidade de sua obtenção e transformação 

levaram ao seu uso intensivo, principalmente nos dois últimos séculos. O uso irrestrito desses 
recursos, associado à falta de cuidados com o meio ambiente, inicialmente não vislumbrados ou não 
verificados, simplesmente resultaram, nos dias de hoje, na escassez do petróleo em médio prazo e no 
comprometimento de florestas e grandes mananciais de água. Paralelamente a isto, a fauna e a flora, 
diretamente afetadas pelos resíduos provenientes da exploração e aproveitamento dessas fontes de 
energia, têm pagado um preço muito alto.

As fontes não-renováveis de energia, ainda que hoje representando a principal força motriz nos 

países desenvolvidos, precisam ser utilizadas de modo mais racional, observando-se não apenas os 
fatores técnicos e econômicos, mas também a extensão dos impactos ambiental e social do seu uso.

O óleo diesel, por exemplo, ainda é um componente importante na geração de eletricidade em 

localidades isoladas e em sistemas de reserva (backup), em aplicações que não permitem a interrupção 
no fornecimento de energia. Os grupos geradores a diesel existentes no mercado abrangem uma 
faixa ampla de potência, atendendo aos mais diversos tipos de aplicações. O custo de implantação 
dos grupos geradores a diesel são quase sempre mais atraentes quando comparados com os dos 
sistemas renováveis de capacidade equivalente. Uma análise de tempo de retorno de investimento, 
no entanto, pode revelar que o maior capital inicialmente investido nos sistemas renováveis é 
recuperado após alguns anos de operação.