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Como Surgiu o Empreendedorismo

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3. Conhecimento e afinidade com o ramo de atividade

Entender como o ramo de atividade pretendido funciona, em todos os detalhes, é fundamental 

para o sucesso do empreendimento. Isso significa saber quais as estratégias de venda, de compra e 
de fabricação, ou de prestação de serviço são utilizadas e, também, qual a dinâmica do dia a dia do 
negócio.

É preciso estudar atentamente a possibilidade de fazer um estágio, trabalhar naquele negócio 

como empregado, localizar amigos que tenham um empreendimento semelhante, fazer cursos 
específicos sobre o ramo de atividade ou o processo de fabricação do produto.

2.3 - Síndrome do Empregado

O termo síndrome do empregado nasceu com o personagem “Seu André” do livro O Segredo de Luísa 

do autor brasileiro Fernando Dolabela. “Seu André” preocupado em explicar a ineficácia de grande parte 
dos empregados da sua indústria, disse: “eles estão contaminados com a síndrome do empregado”.

A síndrome do empregado designa um empregado:

Desajustado e infeliz, com visão limitada;
Dificuldade para identificar oportunidades;
É dependente, no sentido que necessita de alguém para se tornar produtivo;
Sem criatividade;
Sem habilidade para transformar conhecimento em riqueza, descuida de outros conhecimentos 
que não sejam voltados à tecnologia do produto ou a sua especialidade;
Dificuldade de auto-aprendizagem, não é auto-suficiente, exige supervisão e espera que 
alguém lhe forneça o caminho;
Domina somente parte do processo, não busca conhecer o negócio como um todo: a cadeia 
produtiva, a dinâmica dos mercados, a evolução do setor;
Não se preocupa com o que não existe ou não é feito: tenta entender, especializar-se a melhorar 
somente no que já existe;
Mais faz do que aprende;
Não se preocupa em formar sua rede de relações, estabelece baixo nível de comunicações;
Tem medo do erro, não trata como uma aprendizagem;
Não se preocupa em transformar as necessidades dos clientes em produtos/serviços;
Não sabe ler o ambiente externo: ameaças;
Não é pró-ativo (expressão que indica iniciativa, vontade própria e espírito empreendedor).

2.4 - Oportunidades x Idéia

 O primeiro passo, sobre o qual você precisa ter certeza é quanto a oportunidade de negócio que 

identificou. Uma idéia nem sempre significa uma oportunidade de negócio. Empreendedores sem 
sucesso confundem idéia com oportunidade. 

 A idéia causa fascínio, o apego a idéia pode impedir que ela seja avaliada de maneira correta fazendo 

com que se torne um caso de insucesso. O Empreendedor deve ver sua idéia com distanciamento 
emocional, de modo a poder fazer uma análise detalhada dela, onde o Plano de Negócios é o melhor 
caminho. Uma idéia somente se transforma em oportunidade quando seu propósito vai ao encontro 
de uma necessidade de mercado, quando existem potencias clientes. Está diretamente ligada a um 
produto ou serviço que agrega valor ao seu consumidor, seja através da inovação ou da diferenciação. 
Tem que ser atrativa e ter potencial para gerar lucros. 

A oportunidade pode surgir por um caos do mercado, mudança na economia, novos costumes, 

etc. Uma oportunidade também tem seu tempo, isto é, seu momento certo. Por exemplo, um produto 
que num primeiro momento se revela o aproveitamento de uma grande oportunidade, um ano 
depois pode estar ultrapassado e não ser mais lembrado pelos consumidores. Se a empresa que o 
comercializa não estiver preparada para melhorar ou se adaptar as mudanças que o mercado exige, 
poderá então desaparecer. Portanto, uma oportunidade de negócio deve ser: atrativa, durável e 
agregar valor ao consumidor final. Atrativa, para ser motivadora, durável, para ser prolongada em outra 
conjuntura, diferente da atual. O ambiente econômico é importante para a avaliação da oportunidade 
de negócio. Alguns produtos são mais afetados que outros em uma conjuntura de estagnação na 
economia. Políticas cambiais podem aumentar ou reduzir a atratividade da oportunidade que você 
planejou. E finalmente a proposta de valor a ela associada, deve ser diferenciada das existentes. 

Figura 2.0  

Figura 2.1 

Figura 2.2