Capítulo 1

12

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Hans Jonas (1903-1993). Perante a barbárie quotidiana e a ameaça da destruição do planeta, Hans 

Jonas, defende uma moral baseada na responsabilidade que todos temos em preservar e transmitir 
às gerações futuras uma terra onde a vida possa ser vivida com autenticidade. Daí o seu princípio 
fundamental: “Age de tal modo que os efeitos da tua ação sejam compatíveis com a permanência da 
uma vida humana autêntica na terra”. 

Novas Problemáticas. As profundas transformações sociais, culturais e científicas das nossas 

sociedades colocaram novos problemas éticos, nomeadamente em domínios como a tecnociência 
(clonagem, manipulação genética, eutanásia, etc), ecologia, comunicação de massas, etc.

1.2 - Fundamentos da Ética

1.2.1 - Conceito de Ética 

O que é ética? 

Para Aristóteles o homem deveria ser 

correto virtuoso e ético 

A palavra ética é de origem grega derivada 

de ethos, que diz respeito ao costume, aos 
hábitos dos homens. Teria sido traduzida em 
latim por mos ou mores (no plural), sendo 
essa a origem da palavra moral. 

A palavra “ética” vem do grego 

 (ethikos), e significa aquilo que 

pertence ao 

 (ethos), que significava 

“bom costume”, “costume superior”, ou 
“portador de caráter”. 

Uma das possíveis definições de ética 

seria a de que é uma parte da filosofia (e também pertinente às ciências sociais) que lida com a 
compreensão das noções e dos princípios que sustentam as bases da moralidade social e da vida 
individual. Em outras palavras, trata-se de uma reflexão sobre o valor das ações sociais consideradas 
tanto no âmbito coletivo como no âmbito individual. 

Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A palavra ética é 

derivada do grego, e significa aquilo que pertence ao caráter. 

Diferencia-se da moral, pois, enquanto esta se fundamenta na obediência a costumes e hábitos 

recebidos, a ética, ao contrário, busca fundamentar as ações morais exclusivamente pela razão. 

Na filosofia clássica, a ética não se resumia à moral (entendida como “costume”, ou “hábito”, do 

latim mos, mores), mas buscava a fundamentação teórica para encontrar o melhor modo de viver 
e conviver, isto é, a busca do melhor estilo de vida, tanto na vida privada quanto em público. A 
ética incluía a maioria dos campos de conhecimento que não eram abrangidos na física, metafísica, 
estética, na lógica, na dialética e nem na retórica. Assim, a ética abrangia os campos que atualmente 
são denominados antropologia, psicologia, sociologia, economia, pedagogia, às vezes política, e até 
mesmo educação física e dietética, em suma, campos direta ou indiretamente ligados ao que influi na 
maneira de viver ou estilo de vida. Um exemplo desta visão clássica da ética pode ser encontrado na 
obra Ética, de Spinoza. 

Porém, com a crescente profissionalização e especialização do conhecimento que se seguiu à 

revolução industrial, a maioria dos campos que eram objeto de estudo da filosofia, particularmente 
da ética, foram estabelecidos como disciplinas científicas independentes. Assim, é comum que 
atualmente a ética seja definida como “a área da filosofia que se ocupa do estudo das normas morais 
nas sociedades humanas” e busca explicar e justificar os costumes de um determinado agrupamento 
humano, bem como fornecer subsídios para a solução de seus dilemas mais comuns. Neste sentido, 
ética pode ser definida como a ciência que estuda a conduta humana e a moral é a qualidade desta 
conduta, quando julga-se do ponto de vista do Bem e do Mal. 

A ética também não deve ser confundida com a lei, embora com certa frequência a lei tenha como base 

princípios éticos. Ao contrário do que ocorre com a lei, nenhum indivíduo pode ser compelido, pelo Estado 
ou por outros indivíduos, a cumprir as normas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a 
estas; por outro lado, a lei pode ser omissa quanto a questões abrangidas no escopo da ética. 

Figura 1.13 - 

Hans Jonas 
(1903-1993)

Figura 1.14