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Introdução à Ética
1.1 - Ética ao Longo do Tempo e Seus Pensadores
As teorias éticas nascem e desenvolvem-se em diferentes sociedades como resposta aos problemas
resultantes das relações entre os homens. Os contextos históricos são elementos muito importantes
para se perceber as condições que estiveram na origem de certas problemáticas morais que ainda
hoje permanecem atuais. Vejamos algumas concepções sobre ética ao longo dos períodos históricos:
ANTIGA GRÉCIA
Sócrates (470-399 a.C). Defende o caráter eterno de certos valores como o Bem, Virtude, Justiça,
Saber. O valor supremo da vida é atingir a perfeição e tudo deve ser feito em função deste ideal, o qual
só pode ser obtido através do saber. Na vida privada ou na vida pública, todos tinham a obrigação
de se aperfeiçoarem fazendo o Bem, sendo justos. O homem sábio só pode fazer o bem, sendo as
injustiças próprias dos ignorantes (Intelectualismo Moral).
Platão (427-347 a.C.). Defende o valor supremo do Bem. O ideal que todos os homens livres
deveriam tentar atingir. Para isto acontecesse deveriam ser reunidas, pelo menos duas condições:
1. Os homens deviam seguir apenas a razão desprezando os instintos ou as paixões; 2. A sociedade
devia de ser reorganizada, sendo o poder confiado aos sábios, de modo a evitar que as almas fossem
corrompidas pela maioria, composta por homens ignorantes e dominados pelos instintos ou paixões.
Aristóteles (384-322 a.C.). Defende o valor supremo da felicidade. A finalidade de todo o homem
é ser feliz. Para que isto aconteça é necessário que cada um siga a sua própria natureza, evite os
excessos, seguindo sempre a via do “meio termo” (Justa Medida). Ninguém consegue todavia ser
feliz sozinho. Aristóteles, à semelhança de Platão coloca a questão da necessidade de reorganizar a
sociedade de modo a proporcionar que cada um do seus membros possa ser feliz na sua respectiva
condição. Ética e política acabam sempre por estar unidas.
Figura 1.0