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Apresentação

Essa apostila representa um referencial teórico, transcrita de vários livros e apostilas, com 

linguagem de fácil compreensão dos conteúdos. 

Os fundamentos básicos registrados aqui demonstrarão a formação dos elementos que compõem 

a natureza (estudo dos átomos); os meios que os fazem se locomover e as oposições à locomoção 
das cargas elétricas (nos condutores e nos isolantes); como as condições de facilidade ou bloqueio 
parcial do movimento das cargas (fontes de forças eletromotrizes, condutância e resistência); o campo 
elétrico; Lei de Ohm; potências elétricas; medidas elétricas; circuitos básicos de corrente contínua 
e corrente alternada; retificação de corrente; noções de aterramento elétrico e noções de circuitos 
trifásicos equilibrados. 

1.1 - Histórico

O mundo moderno pode ser chamado de “Mundo Elétrico”, pois a eletricidade é base das 

necessidades da civilização atual. Todavia, seus efeitos, são conhecidos de longa data. O homem 
primitivo temia as consequências do raio e acreditava ser ele uma arma dos deuses e, até mesmo em 
nossos dias, há uma tendência em atribuir ao sobrenatural tudo o que não possa ser devidamente 
explicado. Felizmente, esta atitude vem sendo progressivamente eliminada à proporção que aumenta 
o número de pessoas que se beneficiam das vantagens trazidas pelo ensino.

Os cientistas, ao tentarem analisar qualquer fenômeno, desenvolvem, inicialmente, uma hipótese, 

a qual nada mais é que um ligeiro esboço do que acreditam ser a explicação. Após realizarem uma 
série de testes e julgarem possuir uma base sólida para a explicação do fenômeno, apresentam uma 
teoria, isto é, o que julgam ser uma descrição precisa do desenvolvimento do fenômeno. Quando esta 
teoria houver sido confirmada, através de várias experiências realizadas por elementos categorizados, 
temos então uma lei. Uma lei científica apresenta fatos de natureza imutável e precisão absoluta.

Para explicar o fenômeno da eletricidade, devemos recorrer à Teoria Eletrônica. Atualmente, é a 

teoria que, segundo a ciência, melhor explica o que é a eletricidade. É uma teoria relativamente nova 
e não se pode afirmar se chegará a constituir uma lei. Noutras palavras, a ciência aceita esta teoria, 
porém não devemos fechar as portas às novas teorias que, eventualmente, poderão surgir. 

Do século VI a.C. é que se tem notícia da observação de um fenômeno elétrico.  O filósofo e 

matemático grego Tales de Mileto observou que um pedaço de âmbar (pedra amarelada que se 
origina da fossilização de resinas provenientes de madeira macia) quando atritado com pele de 
animal ou de tecido qualquer, adquiria a propriedade de atrair corpos leves como palha, sementes 
de grama, pêlos, etc..

Cerca de 2000 anos depois das observações de Tales, o médico William Gilbert (inglês, 1544 - 1603), 

após realizar um grande número de experimentos, verificou que a propriedade apresentada pelo âmbar 
era comum a várias outras substâncias quando atritadas. Como, em grego, elektron era a palavra que 
designava o âmbar, Gilbert passou a usar os termos elétron, eletrizado, eletrização, eletricidade, etc.., ao 
se referir àqueles corpos e fenômenos que se comportavam como o âmbar depois de atritado.

No século XVIII, por volta de 1750, Benjamim Franklin (norte-americano, 1706 - 1790) constatou 

que quando dois corpos são atritados, um contra o outro, se um deles se eletrizar positivamente, o 
outro, necessariamente, irá adquirir carga elétrica negativa. Ele acreditava na existência de um “fluido 
elétrico” que estaria presente em todos os corpos.

Entretanto a mais conhecida descoberta de Franklin é a do para-raios, quando provou, ao empinar 

um papagaio em meio a uma tempestade, que os raios e os trovões são fenômenos de natureza elétrica.

Em 1785, Charles Augustin de Coulomb (francês, 1736 - 1806) apresentou à Academia de Ciências 

da França, um documento contendo o relato de suas descobertas. Ele construiu um aparelho, 
denominado de balança de torção, com o qual, pela primeira vez, pode medir diretamente as forças 
de atração ou de repulsão entre corpos eletrizados.