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Introdução a Ergonomia

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Os exemplos citados acima, mostram que existem várias formas de definição de Ergonomia, além 

de outras existentes, mas todas elas de forma mais completa ou mais simplificada dizem a mesma 
coisa e que pode ser resumida em uma definição bastante simples: 

“Adaptação do trabalho ao homem”

Figura 1.0 

Praticamente quer dizer que o trabalho deve estar (ou deveria estar) atendendo as condições que 

proporcionem conforto e segurança, sem riscos à saúde do trabalhador.

Aplicamos Ergonomia ao projeto de máquinas, tarefas e ambiente, para além de melhorar a 

segurança, sistemas, saúde, equipamentos, conforto melhorar também a eficiência no trabalho. 
Focalizando o homem, a ergonomia não se limita a um conhecimento específico e sim se apoia em 
outras áreas do conhecimento como: antropometria, biomecânica, desenho industrial psicologia, 
engenharia mecânica, informática, fisiologia, eletrônica, toxicologia, entre outros.

1.2 - Origem e Evolução

A Ergonomia surgiu com a própria evolução da história do trabalho.

O trabalho antes de 1750: era obtido pelo uso da energia física do homem ou da tração animal. 

Não existia outra forma de energia, nas cidades vivia-se do comércio e o padrão econômico era o 
agropastoril de subsistência e de troca. 

O médico italiano Bernardino Ramazzini (1633-1714) foi o primeiro a escrever sobre doenças 

e lesões relacionadas ao trabalho, em sua publicação de 1700 «De Morbis Artificum” (Doenças 
ocupacionais). Ramazzini foi discriminado por seus colegas médicos por visitar os locais de trabalho 
de seus pacientes a fim de identificar as causas de seus problemas. O termo ergonomia, derivado 
das palavras gregas ergon (trabalho) e nomos (lei natural) entraram para o léxico moderno quando 
Wojciech Jastrzębowski o usou em um artigo em 1857.

Revolução industrial: As fábricas se originaram após a invenção da máquina a vapor, passando a 

usar a energia do vapor. Houve então uma migração dos trabalhadores rurais para as cidades 
industrializadas resultando no aparecimento de favelas com condições subumanas. As condições 
para o trabalho eram péssimas, com horas excessivas de trabalho, resultando em acidentes, doenças 
ocupacionais, além de salários baixos.

A segunda revolução industrial: originou-se na administração científica de Taylor e Ford que 

estabeleceram a produção em massa aumentando com isso a produtividade das empresas.

Os princípios básicos instituídos por Taylor eram:

Análise racional do trabalho e a instituição da técnica de trabalho que consistia na análise 
de movimentos, cronometragem e a organização da única forma correta de trabalho, 
contemplando basicamente a alta produtividade.
Autoridade técnica do engenheiro para fazer a análise do trabalho: trabalho feito por alguém 
com preparo específico nessa área.
Adaptação do homem ao trabalho: assim para tarefas com grande esforço físico, necessitaria 
de uma pessoa forte, uma tarefa embaixo uma pessoa baixa, para trabalhos de alta precisão de 
movimentos, uma pessoa extremamente habilidosa.
Pagamento diferenciado de produção: melhor salário para quem produzisse mais.

Henry Ford (1863-
1947), foi um empre-
sário norte-america-
no, fundador da Ford 
Motor Company. A 
importância de Ford 
é imensa na histó-
ria da indústria, pois 
ele inventou a mon-
tagem em série na 
produção de auto-
móveis, o chamado 
Fordismo.