Capítulo 1
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O mais expressivo aumento de produtividade dessa época surgiu em consequência da aplicação
dos princípios de Henry Ford:
Organização do trabalho em linha de montagem;
Ritmo de trabalho determinado pela velocidade da esteira;
Trabalhador fixo em determinada posição;
Produção de grandes quantidades.
Problemas causados pelos princípios de Taylor e Ford:
Impossibilidade de se conseguir um método correto para a execução do trabalho (o ser
humano é diferente e complexo);
Alienação do trabalhador (nos engenheiros concentravam o método e a decisão sobre o
trabalho);
Seleção física e psicológica rigorosa (com a exclusão social daí decorrente, seja porque o
indivíduo não tinha a condição física exigida na seleção – por incapacidade, por desgaste – seja
por gradativa deterioração da capacidade física e exclusão social após determinada idade);
Trabalho exaustivo até a fadiga (aumento da produtividade);
Isolamento do trabalhador numa mesma posição ao longo do tempo (tornando o ser humano
autômato);
Desencadeamento de distúrbios osteomusculares por sobrecarga funcional (trabalho em uma
mesma posição por um longo tempo);
Aumento da velocidade da esteira diante da necessidade de produzir mais (gerando fadiga,
lesões e distúrbios dolorosos);
Colocando a pessoa mais hábil na primeira posição da linha de montagem (correria e
sobrecarga para os demais);
Neste contexto apareceu a Ergonomia como uma proposta aproveitando o que havia de positivo
e a necessidade de preservação do trabalhador.
Reestruturação produtiva: ao iniciar a década de 70, ocorreu outra mudança significativa com
a utilização de novas tecnologias, mudanças nas relações de trabalho, mudanças na organização do
trabalho e novas formas de gerenciamento.
O termo Ergonomia foi adotado nos principais países europeus (a partir de 1950), onde se fundou
em 1959 em Oxford, a Associação Internacional de Ergonomia (IEA – International Ergonomics
Association), e foi em 1961 que esta associação realizou o seu primeiro congresso em Estocolmo, na
Suécia. Nos Estados Unidos foi criada a Human Factors Society em 1957, e até hoje o termo mais
frequente naquele país continua a ser Human Factors & Ergonomics (Fatores Humanos e Ergonomia)
ou simplesmente Human Factors, embora Ergonomia tenha sido aceita como sinônimo desde a
década de 80. Isto ocorreu porque no princípio a Ergonomia tratava apenas dos aspectos físicos da
atividade de trabalho e alguns estudiosos cunharam o termo Fatores Humanos de forma a incorporar
os aspectos organizacionais e cognitivos presentes nas atividades de trabalho humano.
As fábricas e postos de trabalhos até 1960, eram construídos sem qualquer consideração sobre
o ser humano que ali iria trabalhar. Ainda hoje infelizmente, muitos fabricantes de equipamentos os
constroem completamente inadequados aos trabalhadores.
O grande desencadeador da Ergonomia foi o projeto da cápsula espacial norte-americana. (os
astronautas exigiram melhores condições principalmente dentro da cápsula espacial).
Um outro grande motivo do rápido desenvolvimento da ergonomia foram as lesões do sistema
osteomuscular (geram absenteísmo e quando o trabalhador sai da empresa originam processos de
indenização).