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A Evolução Biológica
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CONVERGÊNCIA ADAPTATIVA
Enquanto, na irradiação, espécies de mesma origem se diferenciam, adquirindo caracteres
bastante diversos, na convergência adaptativa, ao contrário, organismos de origens diferentes, que
vivem no mesmo ambiente há muito tempo, acabem por assemelhar-se morfologicamente. Mas
aqui a semelhança não é sinal de parentesco; ela foi obtida pela ação de idêntica pressão da seleção
natural, já que o ambiente é o mesmo, sobre espécies de origens diferentes. Em outras palavras, num
certo ambiente, os mesmos atributos são adaptativos, mesmo em espécies não-aparentadas.
Assim, por exemplo, para os animais que vivem na água, ter a forma do corpo adaptada à natação
é uma vantagem que será selecionada, não importando de que ancestrais esses animais provenham.
É por isso que a forma do corpo das baleias, que são mamíferos, e dos tubarões, que são peixes, são
semelhantes, e ambos adaptadas à natação.
Figura 1.12
Bicos de diferentes espécies de tentilhões das ilhas Galápagos. Dependendo do seu tipo de bico, a ave
consome sementes, insetos ou frutos duros. Um dos tentilhões usa um espinho para “caçar” seu alimento.
Figura 1.13
Neste caso de convergência. As narinas e os olhos do sapo, do jacaré e do hipopótamo ficam
acima da linha d’água.
IRRADIAÇÃO ADAPTATIVA
Uma população ou uma espécie que vive numa certa área tende a dispersar-se, ocupando o
maior número de habitats possível. Como as condições ambientais são diferentes em cada hábitat, a
seleção natural faz com que esses grupos, ao longo do tempo, se diferenciem bastante um do outro,
já que cada um deles se adapta a um ambiente diferente. Dessa maneira, uma única espécie pode dar
origem a uma grande variedade de espécies, cada qual adaptada a certo conjunto de condições de
vida. A essa diversificação de formas originadas a partir de uma espécie única chamamos irradiação
adaptativa.