Capítulo 1
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1.4.2 - A Teoria
A Terra é um planeta que tem um interior quente e parcialmente fluido, constatado em superfície
pelo homem através de manifestações como atividades vulcânicas, fontes de águas termais e outros
fenômenos. Vivemos no topo da litosfera, uma camada sólida e rígida que recobre nosso planeta.
Considerando-se somente as propriedades químicas das rochas, a Terra pode ser dividida em: núcleo,
manto e crosta. Entretanto, baseando-se apenas nas propriedades físicas das rochas, a Terra divide-se
em núcleo, mesosfera, astenosfera e litosfera.
A litosfera é toda fragmentada em placas que se movem. O calor interno da Terra e a fricção
entre as placas fazem com que ocorram, principalmente nos limites das placas litosféricas, vulcões
e terremotos. Em temos geológicos, uma placa é um segmento rígido e sólido da crosta terrestre e
constituído por diversos tipos de rochas. A palavra tectônica tem sua origem no grego, equivalendo
ao verbo construir. A Tectônica de Placas portanto refere-se à teoria de que a superfície da Terra é
construída por placas. Numa perspectiva simplificada, pode-se considerar que essa teoria considera
que a camada mais exterior da Terra, a litosfera, se encontra fragmentada em placas de diferentes
dimensões, que se movem umas em relação ás outras, ao deslizar sobre material mais quente e fluido
do interior da Terra.
1.4.3 - O Mecanismo Evolutivo
Nosso planeta abriga milhões de espécies, que exibem uma enorme diversidade de tipos, vivendo
nos mais diversos ambientes. A Teoria da Evolução tenta explicar o mecanismo que propiciou essa
imensa variedade de seres vivos.
Basicamente, essa teoria supõe que:
As espécies vivas são passíveis de modificação e, portanto, podem sofrer alterações
morfofisiológicas ao longo dos séculos;
As espécies atualmente conhecidas originaram-se de outras preexistentes;
Uma determinada espécie possui uma série de características que podem contribuir para a sua
adaptação às condições existentes num certo ambiente.
1.4.4 - Conceito de Adaptação
Entende-se por adaptação a capacidade de sobrevivência e reprodução de uma espécie num
determinado ambiente.
Os camelos, por exemplo, são animais adaptados à vida no deserto. Assim, são portadores de uma
série de características que permitem a sua sobrevivência e reprodução naquele ambiente, como:
resistência à perda de água, capacidade de utilização da água metabólica, resistência às variações
internas de temperatura, etc.
Um exemplo clássico de adaptação
Tornou-se clássico o exemplo de adaptação ocorrida entre as mariposas que povoavam a cidade
inglesa de Manchester. Em meados do século XIX, antes do processo de industrialização da cidade, era
marcante o predomínio de mariposas claras em relação às mariposas escuras, ambas pertencentes à
mesma espécie (Biston betularia). A coloração clara constituía, na época, uma característica favorável,
uma vez que permitia a camuflagem de mariposas claras nos claros troncos das árvores recobertas de
liquens; assim, eram de difícil visualização por parte de pássaros insetívoros, que, então, capturavam
e devoravam mais as mariposas escuras, facilmente identificáveis.
Após a industrialização da cidade, os liquens foram praticamente eliminados pela poluição
ambiental e a fuligem das fábricas tornou o ambiente dotado de um “fundo escuro”. Nessa nova
situação, as mariposas escuras passaram a camuflar-se melhor e, dentro de algum tempo, constituíam
o grupo predominante.
Animal altamente adaptado à vida desértica
Desse exemplo pode-se concluir que uma mesma característica, favorável em determinado
ambiente, pode tornar-se desfavorável em outro. O conceito de adaptação, portanto, está intimamente
relacionado ao tipo de ambiente onde a espécie desenvolve suas atividades.
Figura 1.11